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Cadeia de Lisboa sem guardas femininas na Páscoa

Sindicato denuncia "enorme atentado à segurança". Serviços Prisionais falam em falta injustificada de duas guardas.

19 de abril de 2025 às 19:18

O Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), um dos maiores do país (conta atualmente com quase mil reclusos), está a trabalhar no fim de semana de Páscoa sem guardas femininas. A situação põe em causa a realização das visitas, já que as mulheres que querem entrar na prisão só podem ser revistadas por guardas do mesmo sexo.

Ao que o CM apurou, é normal existir pelo menos uma guarda de serviço em cada turno do EPL. A principal função da mesma é fazer revistas às visitantes do mesmo sexo, por palpação. No entanto, no primeiro turno de trabalho deste sábado, as duas guardas que estavam escaladas não compareceram para trabalhar, e o mesmo irá acontecer neste domingo.

Fonte oficial dos Serviços Prisionais disse ao CM que as mesmas "faltaram sem terem informado a direção". "As visitas mantêm-se, mas sem entrega de sacos de roupa ou comida, o que nem estava previsto para este sábado". "Havendo qualquer suspeita, são chamados outros guardas", concluiu.

O Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP), por seu turno, diz que "a falta de guardas femininas num dia de visitas é um enorme atentado à segurança". "As visitas femininas podem entrar sem a devida revista para detetar ilícitos. É uma enorme responsabilidade de quem dirige a cadeia, por isso pedimos a separação definitiva da reinserção social, pois se fossemos independentes a segurança nunca seria posta em causa", concluiu Frederico Morais, presidente do SNGP.

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