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Capturado padeiro que ateou cinco fogos

PJ caça incendiário que tinha hora marcada para atear chamas.

20 de julho de 2017 às 08:13

Um padeiro de 51 anos foi detido pela Polícia Judiciária do Centro por suspeitas de ter sido o autor de cinco incêndios florestais que deflagraram em São João de Areias, no concelho de Santa Comba Dão, entre os dias 8 e 11 deste mês. Também ontem a Proteção Civil anunciou que foi detido um homem em Vila Nova de Foz Coa suspeito de ter ateado um fogo próximo do perímetro de outro incêndio que começou no domingo e apenas foi extinto ontem pelos bombeiros.

Em Santa Comba Dão, a população de São João de Areias e os bombeiros andavam intrigados com a deflagração de vários incêndios em dias consecutivos, quase sempre à mesma hora. Depois de várias diligências, as autoridades policiais chegaram ao padeiro como um dos suspeitos.

O homem acabaria por confessar a autoria dos crimes aos investigadores da Polícia Judiciária, alegando que gostava de ver a arder, de assistir a todo o aparato do combate ao fogo e da ação dos bombeiros em todo aquele cenário. O suspeito foi detido e conduzido ontem a um juiz do Tribunal de Viseu para primeiro interrogatório. O padeiro ateou os fogos naquelas dias às 17h15 e 20h15, sempre usando um isqueiro.

Segundo Patrícia Gaspar, adjunta nacional de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil, desde 1 de janeiro já foram detidas 60 pessoas por crime de incêndio florestal. No entanto, as autoridades estão no terreno a investigar as causas dos três incêndios florestais que no domingo deflagraram no concelho de Mangualde quase à mesma hora - apenas com espaço temporal de 15 minutos.

Estes incêndios destruíram mais de três mil hectares de floresta e mato e as culturas agrícolas de muitas famílias.

Descida da temperatura foi forte aliada dos bombeiros  

Foi o que aconteceu nos incêndios de Mangualde, Alijó, Torre de Moncorvo e na Guarda. Durante a madrugada de ontem todos os incêndios foram dados como dominados. O único que resistiu aos meios de combate foi aquele que deflagrou em Murça, no concelho de Vila Nova de Foz Coa, que só viria a ser extinto a meio da manhã de ontem.

No entanto, milhares de bombeiros mantiveram-se no terreno em vigilância e prontos para intervir em eventuais reacendimentos.

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