1.600 cidadãos espanhóis pediram para votar, tendo 1.111 exercido o seu direito cívico entre quarta e sexta-feira, 50 no sábado e 13 até às 12h45 deste domingo.
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Treze pessoas votaram este domingo, até às 12:45, no Consulado de Espanha em Lisboa para as eleições gerais em Espanha, depois de sábado terem votado 50 cidadãos e entre quarta e sexta-feira outros 1.111, indicou fonte consular daquele país.
Segundo a mesma fonte do consulado de Espanha em Lisboa, houve 1.600 cidadãos espanhóis que pediram para votar, tendo 1.111 exercido o seu direito cívico entre quarta e sexta-feira, 50 no sábado e 13 até às 12:45 deste domingo.
Assim, pelo menos 1.174 votos sairão da votação realizada no Consulado de Espanha em Lisboa, onde é possível votar até às 15:30 deste domingo.
No consulado de Espanha em Lisboa podem votar os cidadãos espanhóis que residam em Portugal entre Coimbra e o Algarve, bem como nos Açores e Madeira, cabendo ao Consulado de Espanha no Porto receber os votos dos espanhóis que vivem entre Coimbra e a fronteira com a Galiza.
Em Portugal estão inscritos mais de 11.000 eleitores, mas só podem votar aqueles que expressamente comuniquem antecipadamente essa intenção.
À saída da urna colocada no Consulado de Espanha em Lisboa, a escassos metros da avenida da Liberdade, Lourdes Hernandez Calvarro, natural de Cáceres, mas a viver em Portugal há 29 anos e casada com um português (que a acompanhou até ao consulado) admitiu que não costuma votar muitas vezes, dizendo que esta é provavelmente a segunda vez que o faz.
"Creio que é muito importante que todos os espanhóis votem. Julgo que há muita indecisão e há que votar porque as coisas não estão claras", declarou Lourdes Hernandez.
A cidadã espanhola salientou que, "apesar de estar fora de Espanha e as decisões políticas naquele país não a afetarem diretamente porque a sua vida se desenrola em Portugal", considera que é importante que todos votem, observando que, apesar da distância, "segue atentamente o que se passa em Espanha" em termos políticos.
A mesma cidadã espanhola admitiu que "a não haver continuidade" política em Espanha, isso poderá afetar o desenvolvimento, porque "vem um Governo faz uma coisa" e depois vem outro fazer o contrário.
"Creio que é necessário que haja estabilidade", disse, manifestando a convicção de que o "sentimento" que a levou este domingo a votar será o mesmo que provavelmente fará com que haja uma grande afluência de votantes em Espanha.
Em sua opinião, há muitos indecisos, mas eventualmente isso deve-se ao facto de as pessoas não quererem revelar a sua intenção de voto, acreditando que à ultima da hora os chamados indecisos irão votar em alguém.
Quanto ao futuro de Espanha, disse acreditar que "será sempre mais ou menos bom", esperando que as eleições contribuam para que seja para bem.
Quase 37 milhões espanhóis podem exercer o seu direito de voto das 09:00 (08:00 em Lisboa) até às 20:00 (19:00) para escolher os 350 deputados e 208 senadores das Cortes Gerais, havendo ainda eleições para o parlamento regional na Comunidade Valenciana.
As sondagens dão conta de um sistema político muito fragmentado com cinco partidos a terem mais de 10% das intenções de voto, o que dificultará as negociações para encontrar uma solução governativa estável.
O PSOE lidera as sondagens com cerca de 30%, seguido do PP (Partido Popular, direita) com quase 20% e um grupo de três partidos entre 10 e 15%: Cidadãos (direita liberal), Unidas Podemos (extrema-esquerda) e Vox (extrema-direita).
A fragmentação partidária e a percentagem elevada de indecisos detetada pelos estudos de opinião, cerca de 40%, dificultam muito qualquer análise sobre as várias possibilidades pós-eleitorais.
No último dia da campanha, na sexta-feira, os partidos abriram a porta à negociação de coligações, com o PSOE, à esquerda, a estender a mão ao Unidas Podemos e o PP, à direita, ao Cidadãos e ao Vox.
Um executivo estável terá de ser apoiado por mais de metade (175) do total de deputados (350) que vão ser eleitos para o Congresso dos Deputados, a câmara baixa das Cortes Gerais espanholas.
Nas últimas eleições gerais, realizadas em junho de 2016, o PP obteve 33,0% dos votos (137 deputados), o PSOE 22,7% (85), o Unidos Podemos 21,1% (71), o Cidadãos 13,1% (32), havendo ainda uma série de pequenos partidos regionais com menor representação (25).
As sondagens dão conta do crescimento exponencial do Vox, que nas últimas eleições gerais teve 0,2% e agora poderia alcançar mais de 10% e ser decisivo para a formação de um eventual Governo de direita.
Segundo dados do Ministério do Interior (Administração Interna) espanhol, haverá mais de 92.000 agentes de diversos corpos de polícia a vigiar o ato eleitoral, assim como o reforço das medidas antiterroristas e um plano especial para impedir os ciberataques.
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