page view

Contentores diferentes geram “guerra do lixo”

Freguesias rurais de Braga com sistema igual ao de há trinta anos não aceitam maus cheiros.

19 de março de 2019 às 08:19

A colocação, esta segunda-feira de manhã, de contentores de plástico em diversas freguesias rurais do concelho de Braga, causou a indignação de alguns moradores, uma vez que os da zona urbana são em metal, laváveis e "livres de odores".

"Então na cidade colocam contentores robustos, bem fechados e que não expelem odores na recolha e nas aldeias colocam contentores de plástico, como os que havia há trinta anos?", questionou, indignado, Paulo Melo, residente em Merlim S. Pedro.

À reportagem do Correio da Manhã, este morador lamentou a "discriminação que a Câmara e a AGERE (empresa de recolha) estão a promover dentro do mesmo concelho, como se houvesse munícipes de primeira e munícipes de segunda".

Contactado pelo CM, o presidente da Câmara, Ricardo Rio, recusou as críticas, referindo que esta situação sempre esteve prevista e que os contentores colocados "não são como os de há trinta anos, uma vez que são laváveis como os metálicos".

"Os contentores metálicos têm uma capacidade quatro vezes superior à dos contentores em plástico, pelo que optámos por colocar os primeiros nas zonas mais densamente povoadas e os segundos nas zonas rurais, que têm, naturalmente, menor densidade populacional", disse Ricardo Rio, sublinhando também que a lei obriga a que haja, pelo menos, um contentor colocado de cem em cem metros.

"Colocar contentores de grande capacidade de cem em cem metros nas zonas menos povoadas não seria um bom ato de gestão", afirma Ricardo Rio, assegurando que "a questão dos odores é igual nas zonas rurais ou na cidade".

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8