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Criptomoedas lavam lucro do contrabando do tabaco

GNR ajudada por polícias espanholas para desmantelar rede. Tabaco de Itália, transformado em Espanha, vendia-se em Portugal.

22 de março de 2025 às 01:30

Uma rede de transformação e venda de tabaco, que durante pelo menos dois anos lesou o Estado português em milhares de euros de receita fiscal, foi desmantelada pela GNR. O grupo, com cabecilha espanhol, branqueou parte importante do dinheiro com a aquisição de criptomoedas (dinheiro virtual).

A investigação da Unidade de Ação Fiscal (UAF) da GNR começou há ano e meio. Fonte oficial disse ao CM que a venda de sacos de tabaco de 1 quilo, na margem Sul do Tejo, levantou suspeitas. Os primeiros passos do inquérito levaram, no entanto, a um pedido de auxílio a polícias espanholas e à Europol. Verificou-se que a folha de tabaco era comprada em Itália e transformada e embalada em Espanha. O transporte para Portugal, para armazéns nas zonas de Setúbal, Aveiro, Leiria e Portalegre, era feito com veículos de aluguer.

O tabaco era depois vendido a retalhistas e a grossistas. Foi até encontrada prova de que o grupo produzia cigarros no nosso país (foram apreendidos 77 mil). Ao longo deste ano foram sendo feitas nove detenções (o suspeito apanhado em Portugal tinha 137 mil euros) e apreendidas 6,5 toneladas de tabaco (4,4 toneladas em Portugal), e ainda maquinaria e material eletrónico. O suspeito preso no nosso país ficou em liberdade com apresentações.

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