A edição de hoje
Ontem foi o pior dia do ano, em número de fogos.
Dezenas de habitações nas regiões Norte e Centro do País estiveram ontem em risco de serem atingidas pelas chamas, naquele que foi o pior dia do ano, com 364 fogos até às 23h00, com temperaturas entre os 36 e os 42 graus. Na Covilhã, três bombeiros ficaram feridos quando combatiam um incêndio na serra da Estrela.
Em Miranda do Corvo, o pânico apoderou-se da população, ao ver o incêndio progredir na direção das suas casas. Os mais de 400 bombeiros envolvidos no combate conseguiram travar as chamas, que ainda assim destruíram "arrecadações, anexos e armazéns agrícolas", como relatou o presidente do município, Miguel Baptista. A EN17 esteve cortada ao trânsito, na zona de Segade, durante toda a tarde.
"Vi o fogo vir pelas barreiras acima, muito de repente, quase não conseguia respirar, pensei que não conseguia salvar a minha casa", disse um morador. "Há 10 anos também tivemos um fogo grande, andámos aqui com as mangueiras na mão, mas agora foi muito pior", disse outra moradora.
Em Alcanena, distrito de Santarém, a povoação de Espinheiro esteve ontem várias horas rodeada por chamas, que atingiram quintais, vedações e árvores de fruto. Dois bombeiros tiveram de receber assistência médica, devido ao cansaço e à inalação de fumo.
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