Seis municípios situados no vale do rio Minho têm mais facilidade no acesso aos combustíveis face à proximidade com a Galiza.
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Os Serviços Municipalizados de Saneamento Básico de Viana do Castelo (SMSBVC) decidiram esta quarta-feira reduzir a frequência da recolha de lixo no concelho devido à falta de combustível para abastecimento da frota automóvel, que já se sente no distrito.
A administração dos SMSBVC refere, em comunicado, estar "com dificuldade na obtenção de combustível" devido à greve dos motoristas de matérias perigosas.
No documento, a administração dos SMSBVC apela "à responsabilidade dos munícipes para que, na medida do possível, reduzam a quantidade de resíduos produzidos e consequentemente depositados nos contentores".
Contactados pela agência Lusa, três empresários do setor admitiram rutura de 'stock' face à "forte afluência aos postos de combustível" que, em alguns casos, registam "filas da ordem dos 400 metros".
No distrito de Viana, seis municípios situados no vale do rio Minho têm mais facilidade no acesso aos combustíveis face à proximidade com a Galiza. O município de Viana do Castelo é, dos quatro concelhos situados no vale do rio Lima, aquele que fica mais perto da primeira ponte internacional que liga Cerveira à povoação espanhola de Tomiño, a cerca de 42 quilómetros de distância.
António Amaral tem quatro postos de abastecimento de combustível no Alto Minho, dois deles no concelho de Viana do Castelo.
"Na bomba de Areosa, nesta altura, só temos gasóleo simples e na das Neves temos todos os produtos ainda, mas há filas na ordem dos 400 metros. É muita procura. Estou preocupado com esta situação, porque é o nosso ganha pão, a nossa vida e não sabemos como vamos satisfazer os nossos clientes", afirmou o empresário.
António Amaral não soube adiantar quando será reabastecido. "Tenho estado em contacto, no meu caso, com a Petrogal. Estão a fazer um esforço, mas não têm possibilidades, porque os piquetes de greve, mesmo com os trabalhadores que querem sair, os piquetes não deixam".
Carvalho Martins, que detém dois postos de abastecimento de combustível em Viana do Castelo e outro em Ponte de Lima, adiantou que "a continuar o ritmo da procura vai ser insustentável manter o 'stock'".
"As pessoas metiam 10 euros de combustível e agora passaram a meter 70 ou mais, por isso não posso dizer que não haverá rutura", referiu, reforçando que, esta manhã, a bomba de Ponte de Lima ficou sem combustível.
"Nesta altura (11:20) acabou de chegar um camião, acompanhado pela GNR para reabastecer este posto", explicou.
Também Carlos Morais Vieira, com sete postos de abastecimento de combustível, dois no concelho, três no Alto Minho e quatro no distrito do Porto, disse que a situação é "muito má".
"Para já ainda vamos tendo combustível, mas está a esgotar e não sei se há hipótese de reabastecimento. A situação que conhecemos é aquela que foi anunciada. Ou seja, no resto do país, excluindo Lisboa e Porto, os postos não são reabastecidos. Acabando o combustível, acabou até domingo", referiu.
Carlos Morais Vieira defendeu que "a requisição de serviços mínimos decretada pelo Governo deveria ser para todo o país e não só para Lisboa e Porto".
"Não há portugueses de primeira, nem portugueses de segunda, nem de terceira", referiu.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) informou que não foi ainda retomado o abastecimento dos postos de combustível, apesar da requisição civil, e que já há marcas "praticamente" com a rede esgotada.
O primeiro-ministro admitiu alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está "inteiramente assegurado" para aeroportos, forças de segurança e emergência.
No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a "situação de alerta" devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, foram definidos os serviços mínimos.
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