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Diretor da PJ chamado a testemunhar no caso Tancos. Fase de instrução começa esta quarta-feira

Arguidos Válter Caldeira Abreu e Jaime Martins Oliveira são os primeiros a serem interrogados.

08 de janeiro de 2020 às 09:47

Luís Neves, diretor da Polícia Judiciária, foi chamado a testemunhar no processo de Tancos no dia 19 de fevereiro, às 09h30.

Também o diretor adjunto da PJ e um dos procuradores que investigou o caso de Tancos vão ser ouvidos como testemunhas a 19 de fevereiro.

De acordo com um despacho do juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal Carlos Alexandre, é considerado "forçoso proceder à inquirição" destas três testemunhas, tendo em conta o teor do requerimento de abertura de instrução do Coronel Amândio Marques, ex-diretor da direção de Investigação Criminal do comando da GNR e arguido por associação criminosa e tráfico de armas no caso de Tancos.

Luís Neves, diretor da PJ será ouvido pelas 09h30 do dia 19 de fevereiro, seguindo-se o procurador Geral Adjunto Vitor Magalhães, que integrou a equipa do Ministério Público que acusou os 23 arguidos do caso sobre o furto e o achamento do material de guerra do paiol de Tancos e depois o procurador João Melo, atual diretor adjunto da PJ, mas que também fez parte da equipa de investigação.

A fase de instrução do processo de Tancos começou esta quarta-feira de manhã no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.

Os arguidos Válter Caldeira Abreu e Jaime Martins Oliveira, acusados de envolvimento no furto do armamento dos paióis de Tancos, são os primeiros a serem interrogados na fase de instrução do processo, dirigida pelo juiz Carlos Alexandre.

O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, que é o principal envolvido no processo e está acusado de denegação de justiça e prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, vai depor perante o juiz de instrução a 03 de fevereiro.

O caso de Tancos envolve 23 acusados, incluindo Azeredo Lopes (que se demitiu na sequência do caso), o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luís Vieira e o ex-porta-voz da instituição militar Vasco Brazão, que estão acusados de um conjunto de crimes que vão desde terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação até falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

O caso do furto do armamento de guerra dos paióis de Tancos foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJM, em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

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