Comandante revela aumento do crime geral em 6,1% nos primeiros dez meses do ano. Exigiu obras urgentes e condições para os polícias.
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O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, que policia 2,5 milhões de pessoas, fez 9287 detidos nos primeiros dez meses deste ano, um aumento 46,6% ( mais 2953) face ao mesmo período de 2024. É "uma média de 31 detenções por dia", destacou esta terça-feira o superintendente-chefe Luís Elias, comandante do COMETLIS, que assinalou o 158.º aniversário em Sintra. Entre janeiro e outubro, revelou, houve um "aumento na criminalidade geral de mais 6.1% (mais 3149 ocorrências)"; e "uma diminuição na criminalidade violenta e grave de menos 1.9% (menos 74 crimes)", ambos face a igual período de 2024. Nesses primeiros dez meses do ano alcançou 650 medidas de prisão preventiva.
"Assinalamos também um aumento substancial, de 64,5% (mais 2829 delitos), nos crimes intimamente ligados à proatividade policial - de que são exemplo os crimes rodoviários, de tráfico de estupefacientes, de desobediência – os quais entram nas estatísticas por força do profissionalismo e empenho diário dos nossos polícias", afirmou Luís Elias.
O comandante disse ainda que definiu como prioridades para o COMETLIS a prevenção e combate à criminalidade violenta, aos crimes contra o património (roubos e furtos na via publica, em residências e em estabelecimentos), a prevenção e combate ao tráfico de droga e a prevenção e investigação da violência doméstica. Anunciou estar a reorganizar a sua estrutura de investigação criminal, para melhor "a qualidade das nossas investigações e a nossa interação e a relação com o Ministério Público".
Luís Elias alertou que não se pode "olhar para a criminalidade comum ou criminalidade de massa como meras bagatelas penais", dando o exemplo carteiristas, furtos em residências e em edifícios comerciais. "Esta criminalidade é também organizada, assume por vezes contornos transnacionais, sendo altamente perturbadora da liberdade e sentimento de segurança das pessoas, provocando elevados prejuízos patrimoniais", afirmou.
"Os conceitos tradicionais de criminalidade estão cada vez mais postos em causa face à relação entre a criminalidade organizada, a criminalidade violenta e grave e a dita criminalidade comum. Os grupos criminosos estão relacionados entre si, prestam serviços uns aos outros, utilizam as novas tecnologias para planear, cometer e branquear os lucros da sua atividade ilícita. E, por isso, todos somos poucos para prevenir e combater o crime. É fundamental a cooperação, coordenação, a troca de informações com reciprocidade entre todas as forças e serviços de segurança, sem estereótipos e sem preconceitos", alertou o líder da PSP de Lisboa.
O comandante, dirigindo-se à ministra da Administração Interna, na plateia, manifestou "preocupação com o mau estado de conservação de muitas instalações e equipamentos no COMETLIS". Deu como casos urgentes a sede da 5.ª Divisão, a 22.ª Esquadra (Largo do Rato) e a Esquadra de Queluz. "Entrar numa instalação da PSP degradada, representa simbolicamente um dano na própria imagem e autoridade do Estado", afirmou.
Disse ser "crucial dotar os polícias que estão a garantir a segurança de todos na primeira linha", de equipamentos de proteção individual, armas elétricas (Taser), bodycams, drones e viaturas. E solicitou a "criação de mais locais de alojamento para os polícias em início de carreira que são colocados no COMETLIS, face ao elevado valor das rendas e devido ao custo de vida dos municípios da área metropolitana de Lisboa".
Sobre a racionalização dos recursos humanos, Luís Elias afirmou estar a trabalhar com a Direção Nacional da PSP numa "proposta de reestruturação do dispositivo do COMETLIS, assim como novas modalidades de atendimento ao público nas Esquadras".
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