Antigo Presidente da República, de 90 anos, envolvido em colisão no IC1, em Alcácer do Sal. General foi à ambulância conversar e apoiar a única vítima.
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O general Ramalho Eanes, primeiro Presidente da República eleito em democracia (em 1976), de 90 anos, não ganhou para o susto quinta-feira de manhã quando o carro em que seguia, com o motorista, bateu num camião, no IC1, em Alcácer do Sal. O acidente envolveu mais três viaturas – dois camiões e outro veículo ligeiro. O alerta chegou aos bombeiros e à GNR pelas 10h30. O ex-presidente da República escapou sem ferimentos. Ramalho Eanes foi avaliado no local pelos bombeiros mas seguiu viagem pouco depois, não tendo sido necessário fazer o seu transporte para um hospital. Apesar do aparato, deste acidente resultou apenas um ferido considerado ligeiro – um homem com cerca de 70 anos. O motorista do ex-presidente da República também não ficou ferido. Ramalho Eanes fez questão de ir falar com a única vítima e perceber em que estado se encontrava.
Luís Praguento, segundo comandante dos bombeiros de Alcácer do Sal, explicou ao CM que colocou "logo uma equipa junto do general Ramalho Eanes, mas ele informou-nos de imediato que não precisava de nada. Estava bem, sentia-se bem e estava muito calmo”.
Quanto ao ferido ligeiro, teve de ser levado para a ambulância onde foi estabilizado. Ramalho Eanes fez questão de ir perceber como o homem se sentia. “Pediu autorização para ir falar com o senhor ferido, estiveram à conversa. Estava preocupado”, contou Luís Praguento.
"Eu e o meu condutor agradecemos as manifestações de muitos portugueses que se preocuparam com as consequências de um acidente de automóvel em que, involuntariamente, foi envolvida a viatura em que seguíamos. Felizmente, não nos aconteceu nada, embora lastimemos a ocorrência em si e as consequências graves que este acidente provocou sobre o condutor de uma das viaturas", escreveu Eanes numa nota à agência Lusa.
Saiba mais
Marcelo reagiu de imediato
Marcelo Rebelo de Sousa reagiu pouco depois do acidente, na página da Presidência da República, dizendo que Ramalho Eanes e o motorista “se encontram de perfeita saúde, depois do acidente de viação em que a sua viatura se viu envolvida”.
GNR investiga
O trânsito esteve muito condicionado naquela zona do IC1 devido à demora das perícias da GNR no local. As viaturas acidentadas foram rebocadas já ao final da manhã. Desconhecem-se as causas da colisão.
Vários condutores queixam-se daquele troço do IC1, onde se deu o acidente. Carros em excesso de velocidade e manobras perigosas são as queixas frequentes dos utilizadores deste itinerário complementar.
Perfil
Filho de uma doméstica e de um pequeno construtor civil, António Ramalho Eanes nasceu e cresceu em Castelo Branco, de onde saiu aos 17 anos para seguir infantaria no Exército.Fez comissões em Goa, Macau, Moçambique, Guiné e Angola. Foi dos primeiros a insurgir-se contra a política colonial. Estava em Angola no 25 de Abril; dirigiu as operações militares do 25 de Novembro; e foi o escolhido pelo Conselho da Revolução para candidato às primeiras Presidenciais, que venceu com 61,59% dos votos, aos 41 anos. Foi PR até 1986, conhecendo sete PM. Recusou “por razões de princípio” a promoção a Marechal. Em 2008 recusou um milhão de euros em pensões em atraso. No 10 de Junho deste ano foi a primeira pessoa a receber o mais alto grau da Ordem Militar de Avis, o Grande-Colar. É casado com Manuela Ramalho Eanes (86 anos), têm dois filhos e três netos.
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