Homem que matou quatro pessoas chorou em tribunal.
As últimas semanas de vida de Sílvia Lima foram de verdadeiro terror. O ex-marido, Paulo Silva, fez-lhe várias ameaças de morte. Esta quarta-feira, no Tribunal de Matosinhos, o arguido, de 44 anos - que responde pela morte da ex-mulher, dos sogros, Domingos Lima e Maria de Fátima, de 70 anos, e do enteado Renato Alves, de 24, em Estela, Póvoa de Varzim -, ouviu as testemunhas relatarem que a sua ex-mulher vivia com medo. O homicida, preso desde abril de 2015, chegou a chorar no julgamento.
"Ela tinha medo dele, vivia aterrorizada, por ela e pelo pai. Ele ameaçava-a de morte e ela disse-me que se fosse esse o seu destino aceitaria. Devia conhecê-lo muito bem para saber do que ele seria capaz", disse Maria Costa, amiga da vítima.
Esta quarta-feira foi também ouvido um militar da GNR que, quatro dias antes, ouviu Sílvia no posto. "Recebemos uma denúncia anónima a dar conta de que o Paulo tinha ameaçado o sogro. Chamei a Sílvia, que confirmou, mas não quis fazer queixa. Disse que tinha muito medo dele. Eu informei-a que iria comunicar o caso ao Ministério Público. Na segunda-feira antes disto acontecer, chamei o Paulo e ele, naquele momento, pareceu-me ser a melhor pessoa do Mundo, fiquei descansado", contou o GNR Manuel Costa.
Esta quarta-feira foi ainda ouvido o presidente da junta de Estela, José Domingues. "Ouvi os tiros e vi o Paulo a fugir. Depois, vi Maria e o Renato no chão do café. A Sílvia estava na casa, numa poça de sangue", contou o autarca.
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