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Homicida confrontado com 4 assassinatos

Paulo Silva recusou falar em tribunal.

11 de fevereiro de 2016 às 08:33

Cabisbaixo e com o olhar preso ao chão da sala de audiências, Paulo Silva disse ontem à juíza do Tribunal de Matosinhos não ter condições para falar dos crimes que cometeu, a 28 de abril do ano passado.

Acrescentou que se sentiu mal quando foi forçado, recentemente, durante a realização de uma perícia, a recordar a forma como matou a ex-mulher Sílvia Lima, de 42 anos, o enteado Renato Alves, de 23, e os sogros Maria de Fátima e Domingos Lima, ambos com 70 anos, em Estela, Póvoa de Varzim.

"Já confessei aquilo que fiz, não quero voltar a falar", disse o arguido, acrescentado que ainda se sente abalado com a diligência que realizou no Instituto de Medicina Legal, na qual foi declarado imputável.

O arguido, de 45 anos e que está na cadeia, assumiu desde o primeiro momento diante do juiz de instrução que foi o autor do massacre. Essas declarações são válidas agora para o julgamento.

"Ninguém passa por cima de uma tragédia destas como quem passa por cima de brasas. E portanto é óbvio que o homem não está bem e tem de perceber que com o tempo tem de falar, esclarecer e admitir os factos", afirmou o advogado do arguido, Jorge da Costa.

A acusação diz que o arguido cometeu os crimes devido a problemas que tinha com a ex-mulher e que estavam relacionados com a posse de terrenos. Paulo não aceitava também que Sílvia tivesse uma relação com um novo companheiro. No dia do crime, o homem entrou no café, que pertencia aos sogros, e com uma pistola e um revólver disparou 13 tiros contra as quatro vítimas. Bebeu meia garrafa de uísque antes do massacre e quando foi detido tinha uma taxa de 1,38 g/l.

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