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Equipamento da Marinha funcionou mas sem detetar "algo de relevante" nas pedreiras de Borba

Veículo submarino com controlo remoto possui um sonar para ajudar nas buscas na pedreira.

23 de novembro de 2018 às 20:40
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A Marinha Portuguesa conseguiu utilizar esta sexta-feira um veículo submarino com controlo remoto para ajudar nas buscas nas pedreiras atingidas pelo deslizamento de terras e colapso de uma estrada em Borba, mas não foi detetado "algo de relevante".

A Marinha enviou na quinta-feira uma equipa com seis elementos - dois oficiais, um sargento e três praças mergulhadores - e um veículo submarino com controlo remoto, que tem um sonar para ajudar nas buscas na pedreira.

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O comandante Fernando Fonseca, porta-voz da Marinha, disse à agência Lusa que os militares e o material ficaram prontos para operar na pedreira quando tal fosse decidido, o que acabou por só ocorrer esta sexta-feira, devido a "questões meteorológicas e de segurança".

"Em termos de resultados dos trabalhos, os equipamentos acabaram por funcionar, deram algumas leituras e conseguiu-se perceber os degraus que a pedreira tem na parte submersa", afirmou, explicando que ambas as equipas estiveram em ação.

O veículo submarino com controlo remoto é, normalmente, utilizado no mar, rios e algumas albufeiras e tem como principal função descobrir minas que estejam fundeadas, o que levantou algumas dúvidas em relação ao sucesso da operação devido ao espaço tão confinado em que tinha de operar.

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Segundo o porta-voz da Marinha, existe "muito ruído" na receção dos sinais emitidos pelo aparelho, devido à "morfologia da água e quantidade de material em suspensão" que existe no local.

"Recebemos muito ruído, causado pelo conjunto de detritos e pelo espaço exíguo onde estamos a operar, mas não foi detetado algo relevante para as buscas", explicou, referindo que o equipamento utilizado tem cerca de metro e meio de comprimento.

Os trabalhos nas buscas efetuados pela Marinha foram interrompidos durante a tarde desta sexta-feira, mas os militares vão permanecer em Borba.

"Foram interrompidas durante a tarde, tendo em conta que houve outra operação em curso que não era compatível, e estamos prontos para sábado utilizar estes equipamentos, se assim for decidido por quem está a coordenar as operações no terreno", salientou.

O deslizamento de um grande volume de terras e o colapso de um troço da estrada entre Borba e Vila Viçosa, no distrito de Évora, para o interior de poços de pedreira ocorreu na segunda-feira às 15h45.

Segundo as autoridades, o colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada terá arrastado para dentro da pedreira contígua, com cerca de 50 metros de profundidade, uma retroescavadora e duas viaturas civis, um automóvel e uma carrinha de caixa aberta.

Na terça-feira à tarde foi retirado o corpo de um dos dois mortos confirmados, havendo ainda três pessoas dadas como desaparecidas.

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