Carmelinda Pinto representava portugueses que ficaram sem dinheiro no caso Afinsa, em Espanha.
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Carmelinda Pinto - advogada expulsa pela Ordem em 2009 - enganou, durante mais de oito anos, 12 lesados no esquema da empresa Afinsa, em Espanha, segundo o Ministério Público.
Eram portugueses que tinham perdido milhares de euros num negócio fraudulento de venda de selos. Em 2006, aceitou representar uma associação de lesados, com sede em Vila Nova de Gaia. Foi pedindo elevadas quantias com a promessa de que os credores iriam reaver tudo. Apoderou-se de quase 160 mil euros.
A ex-advogada, de 53 anos, foi denunciada à PJ e está agora a ser julgada por 12 crimes de burla, seis deles na forma qualificada, e ainda por usurpação de funções, já que continuou a fingir ser advogada, mesmo após ter sido expulsa.
"Usou de vários artifícios para levar avante os seus propósitos, exibindo documentos que bem sabia não possuírem qualquer viabilidade e que consistiam em mais um engodo para ludibriar os ofendidos", indica a acusação.
Segundo o processo, Carmelinda nunca chegou a representar qualquer lesado no processo em Espanha, mas foi com muitas vítimas a um cartório para que assinassem procurações. Primeiro, pediu pequenos valores, alegadamente para cobrir despesas do processo.
Depois, exigiu elevadas quantias para um leilão que nunca existiu. As vítimas - na maioria residentes em Cantanhede - fizeram as transferências. As 12 identificadas já pediram indemnização: exigem a devolução dos 160 mil €, mais juros.
Inventa um leilão de imóveis para sacar mais dinheiro
Em 2011, a mulher disse a 10 das vítimas que podiam reaver o dinheiro - a Justiça Espanhola estava a leiloar bens da Afinsa e os lesados podiam comprá-los a 80% do valor, descontando a quantia devida pela empresa. O grupo aceitou comprar 14 garagens, em Madrid, por 73 mil €.
O mesmo esquema foi usado com outros dois homens. Um entregou 30 mil € por duas garagens e outro 55 mil por um apartamento e dois lugares de garagem. Só no final de 2014 perceberam que o dinheiro tinha sido desviado.
Saiba mais
190
mil pessoas terão sido lesadas pelo esquema da Afinsa, entre 1998 e 2006, em Espanha e Portugal. Só os portugueses reclamavam 68 milhões de euros.
Diz que repartiu dinheiro
A arguida assumiu à PJ do Porto que recebeu valores e os repartiu com um advogado espanhol. Disse que parte era para entrar na lista de compra de imóveis.
Condenada várias vezes
Carmelinda já foi condenada várias vezes. Apanhou cinco anos de pena suspensa, em julho de 2019, por desviar 295 mil € de um agente de viagens e família.
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