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Ex-comandante diz que "não houve rondas" na noite do roubo de Tancos

Só foram aplicadas três sanções a militares envolvidos.

24 de janeiro de 2019 às 01:30

O comandante do Regimento de Engenharia n º 1, coronel João Paulo de Almeida, admitiu na comissão parlamentar de inquérito ao roubo de armamento de Tancos que as normas internas não impunham um número mínimo de rondas aos paióis nacionais.

E reconheceu que as instalações estiveram largas horas sem qualquer vigilância. Só três militares acabaram punidos e o oficial rejeita associar as sanções diretamente ao furto.

"As normas de execução permanentes não definiam o número de rondas e periodicidade. As indicações que dávamos eram de que se fizesse o maior número de rondas em função dos meios e dos homens disponíveis", afirmou aos deputados.

O responsável máximo pelo Regimento de Engenharia 1 começou por dizer que "certamente que vinte horas entre rondas não eram as indicações dadas" aos militares ao serviço, mas acabou por admitir que a última ronda aos paióis teve lugar "ao final da noite de dia 27" e a seguinte "a meio da tarde" de dia 28.

Na madrugada do roubo estiveram sem vigilância. O militar adiantou que foram aplicadas, no âmbito do processo de averiguações, três sanções disciplinares: uma repreensão agravada e duas penas de proibição de saída. "O valor das penas foi o que entendi adequado porque a história daquelas pessoas não começou naquela noite."

O coronel João Paulo de Almeida disse ainda que denunciou várias vezes os problemas com a debilidade das vedações e dos mecanismos complementares, como a videovigilância.

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