A edição de hoje
Tribunal considerou provados factos imputados ao antigo agente que já cumpriu 11 anos de cadeia por assaltos a casas.
O Tribunal de Coimbra decidiu dar um “voto de confiança” ao ex-agente da PSP, atualmente com 56 anos, que falsificou escalas dos serviços gratificados para se apropriar do dinheiro, ao suspender-lhe a pena de cinco anos de prisão a que o condenou. Impôs-lhe, contudo, uma condição, que o próprio juiz reconheceu ser simbólica: o pagamento de 500 euros em cada um dos anos a uma instituição de relevância social.
Os factos que estavam em causa foram considerados provados. Durante a leitura do acórdão, o presidente do coletivo de juízes referiu ser convicção do tribunal que esta seria apenas “a ponta do iceberg” e que outras pessoas saberiam o que se passava e que terão beneficiado com isso.
À data em que os factos foram praticados, entre 2008 e 2012, José Nogueira não tinha antecedentes criminais, o que pesou na decisão. Só posteriormente viria a ser condenado a 11 anos de cadeia, que já cumpriu, por assaltar 16 residências, em conjunto com um colega, nas zonas da Lousã, Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares.
Neste processo que esta sexta-feira foi decidido, foi punido pela prática dos crimes de peculato, falsidade informática e falsificação de documento. Respondia também por abuso de poder, mas o crime já prescreveu.
O então polícia foi assim condenado por escalonar para serviços remunerados polícias que estavam a trabalhar, de férias, ou de baixa médica. O objetivo seria ser o próprio ou outro elemento policial da sua confiança a executar esses serviços, recebendo os respetivos pagamentos. Em causa neste processo estavam cerca de 33 mil euros.
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