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Exército quintuplicou em 2025 o investimento vindo da Lei de Programação Militar

Acelerada a implementação do programa Força Terrestre 2045, que visa preparar para combates de alta intensidade.

31 de dezembro de 2025 às 01:30

O Exército encerrou o ano de 2025 com um reforço de 221 milhões de euros à dotação que tinha prevista na Lei de Programação Militar (LPM), quintuplicando o inicialmente previsto, tendo assim conseguido investir em vários programas - como sistemas de defesa antiaérea de curto alcance e de luta anticarro - que vão acelerar a implementação do ambicioso programa Força Terrestre 2045: uma mudança de conceito, pensada e estruturada pelo chefe do Exército, general Eduardo Mendes Ferrão, para, também com recurso à inovação e tecnologia, fazer face às ameaças atuais e do futuro e preparar o ramo para combates de alta intensidade para os quais não está atualmente capacitado.

Tratou-se, segundo dados do Exército a que o CM teve acesso, de uma subida de quase 400 % entre a dotação da LPM do ramo terrestre em janeiro (55,9 milhões de euros) para a de dezembro (276,6 milhões). Ou seja, um reforço de 220,7 milhões de euros.

A maior fatia do reforço foi assegurada pelo investimento em Defesa associado ao objetivo dos 2% do PIB, no montante de 177 milhões de euros, representando cerca de 64% da dotação total e aproximadamente 80% do reforço registado em 2025. "A este montante somam-se verbas provenientes do apoio à Ucrânia (15,194 milhões de euros), a transição de saldos (17,765 milhões de euros) e receitas próprias do Exército, incluindo retornos de IVA (6,683 milhões de euros) e alienação de equipamento (4,056 milhões de euros)", descreve o Exército.

Entre os principais investimentos estão a modernização da viatura blindada de rodas Pandur (100 milhões de euros), a Defesa Antiaérea de Curto Alcance (45 milhões), comunicações e comando e controlo (22 milhões). O reforço inclui ainda 10 milhões de euros para o projeto anticarro, permitindo maior ambição e preparar a aquisição.

Nas verbas provenientes do apoio à Ucrânia, a dotação adicional foi para áreas de mobilidade e proteção, incluindo Viaturas Táticas Médias e ciberdefesa.

"As receitas próprias do Exército permitiram ainda reforçar capacidades de elevada utilidade operacional, incluindo a aquisição de micro UAV, viabilizando a concretização do investimento previsto para 40 sistemas e reforçando a vigilância, reconhecimento e compreensão situacional em apoio às forças no terreno", refere quanto a drones.

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