Jovem violada pelo próprio pai em várias casas.
Durante sete anos, ‘Inês’ (nome fictício) "foi alvo da lascívia sexual do pai". Primeiro na casa da família, na Amadora; depois em Arganil, quando o progenitor se mudou à procura de trabalho. Só conseguiu denunciar o pai quando fugiu de casa com o irmão gémeo e a mãe para se refugiar numa casa-abrigo. O homem foi condenado a oito anos de cadeia, mas recorreu da decisão. No entanto, a Relação de Coimbra manteve a sentença. O acórdão é arrasador para o trabalhador da construção civil.
O terror de ‘Inês’ começou em 2006, quando tinha oito anos. Na altura, a família – a menina vivia com o pai, a mãe e o irmão gémeo – residia numa casa sem água nem eletricidade. Por isso, o progenitor, atualmente com 49 anos, "obrigava-a a acompanhá-lo à casa de banho na garagem de um vizinho, mecânico de automóveis, onde iam encher garrafões de água".
"Quase diariamente, o arguido, aproveitando-se da circunstância de estar sozinho com a filha, apalpava-a no peito e zona genital", lê-se no acórdão da Relação. "Ao longo do tempo, passou a introduzir os dedos na vagina, despia-a e encostava o pénis à vagina da filha menor, friccionando-o até ejacular. É rápido, tu nem vais sentir dor", garantia o predador sexual, que depois ameaçava a menina para não contar nada.
O terror agravou-se em 2011, quando os pais se separaram. O homem levou a filha para Arganil e fez-lhe um quarto no sótão da nova casa. O objetivo era claro. Ter mais privacidade e evitar ser apanhado pelo irmão gémeo da vítima de abusos.
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