Tripulantes a bordo do semissubmersível, proveniente da Venezuela e com destino à Península Ibérica.
A PJ indicou esta terça-feira que ficaram em prisão preventiva os quatro detidos na operação que realizou juntamente com a Marinha e Força Aérea e resultou na apreensão de 1,7 toneladas de cocaína no Oceano Atlântico.
Em conferência de imprensa, o coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária, Vítor Ananias, disse que entre os detidos estão dois equatorianos, um venezuelano e um colombiano e que a investigação é que vai determinar a "divisão hierárquica".
A prisão preventiva foi declarada aos quatro suspeitos após terem sido ouvidos no juízo de instrução criminal de Ponta Delgada, São Miguel, nos Açores.
"São nacionalidades diferenciadas. Isto também é demonstrativo que as organizações não estão somente sediadas num único país, mas são organizações com uma mobilidade muito grande. Tinham idades acima dos 40 anos e inferiores a 65 anos", observou.
De acordo com o responsável, os tripulantes a bordo do semissubmersível, proveniente da Venezuela e com destino à Península Ibérica, já contavam com "alguma experiência no meio marítimo e cuja função era precisamente trazer o narcosubmarino até um ponto no meio do Oceano Atlântico e regressar".
"Vai-se recolhendo diferentes peças de informação que vão ajudando a construir um 'puzzle'. Após esse 'puzzle' estar construído, nós ficamos mais ou menos com uma ideia de qual é a 'big picture' da situação e a partir daí começamos a adequar os meios nacionais para fazer as intervenções e as interdições no mar", salientou, recordando o quadro de cooperação internacional de partilha de informação.
Vítor Ananias sublinhou que é um "processo dinâmico" e que as autoridades vão "orientando os meios no sentido de fazer a intervenção com sucesso", indicando que vão "continuar a garantir" o seu esforço no combate às organizações criminosas.
O coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ acrescentou que os detidos não apresentaram "algum tipo de resistência" por terem estado 15 dia no mar, "completamente fechados num espaço confinado, sem qualquer tipo de privacidade ou de regalias".
"Com o calor, com os fumos da embarcação, com a elevada ondulação, com condições meteorológicas difíceis, um dia é difícil, ao fim de 15 ou 20 dias, é estar completamente a desejar sair dali", sustentou.
Também na conferência de imprensa, o porta-voz da Marinha Portuguesa e da Autoridade Marítima Nacional, comandante Ricardo Sá Granja, disse que a apreensão ocorreu a mais de 1.852 quilómetros (Km) de Lisboa.
"A Marinha, através de um vasto conjunto de meios da componente operacional do sistema de forças, nomeadamente a capacidade de comando e controlo de fiscalização e de projeção de força, empenhou cerca de 70 militares nesta operação, durante mais de 138 horas, cerca de seis dias, e também com mais de 1.527 milhas náuticas navegadas durante esta operação, mais de 2.800 Km navegados", vincou.
O comandante disse que devido à fragilidade da construção do narcosubmarino "não foi possível concretizar" o reboque até terra e "acabou por afundar".
O chefe do Centro de Operações Aéreas do Comando Aéreo da Força Aérea Portuguesa, coronel Agostinho Rocha, recordou que o ramo aéreo das Forças Armadas colabora com a Polícia Judiciária e com a Marinha neste tipo de operações, sempre que "é solicitado e operacionalmente possível".
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