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Filho foge de carro à PSP e mãe vai à esquadra dizer que lhe tinham roubado a viatura

Família da Amadora tentou enganar a polícia e acabou detida. O homem fez mesmo a barba para disfarçar a aparência.

30 de abril de 2025 às 19:50

A PSP da Amadora anunciou esta quarta-feira a detenção de mãe e filho por simulação de crime: foram à esquadra de São Brás alegar que a mulher, de 58 anos, fora vítima de um carjacking (roubo violento de um carro) quando conduzia. Era, afinal, uma invenção para tentar safar o filho, de 38 anos, que momentos antes, ao volante da referida viatura, havia fugido a uma ordem de paragem da PSP por estar a conduzir sem carta. Para tentar enganar os polícias, o homem ainda correu para casa e fez a barba antes de aparecer na esquadra para fazer a falsa denúncia. 

De acordo com a PSP, tudo se passou no dia 24 de abril. A mulher descreveu ao polícia do atendimento da esquadra de São Brás "que quando se encontrava na sua viatura um indivíduo tinha aberto a porta do condutor, puxando-a para o exterior com recurso a força física e encetando fuga no seu veículo".

Ora, a PSP, ao dar conta que o carro em causa era o mesmo que havia fugido momentos antes à patrulha, chegou rapidamente à verdade.

E, ainda segundo a Polícia, o filho desobedeceu à ordem de paragem e fugiu, batendo com o carro. Abandonou a viatura e fugiu para casa. "mudou de aparência, fazendo a barba, e falou com a sua mãe para simularem que a viatura havia sido roubada, de forma a fugir à responsabilidade das ações que tomara", descreve a PSP. "Graças à perspicácia dos polícias foi possível desmontar a narrativa e chegar à realidade dos factos", afirma.

"A Divisão Policial da Amadora tem procedido à detenção em flagrante delito e à constituição de arguido de dezenas de cidadãos pela prática de simulação de crime, na sua esmagadora maioria relacionado com a simulação de roubos de equipamentos eletrónicos, geralmente telemóveis, no sentido de posteriormente ser acionado o respetivo seguro, para ressarcimento indevido das alegadas perdas, para além de outras denúncias fraudulentas relacionadas com motivações diversas", descreve a PSP.

De acordo com a Polícia, os atos de simulação de crime são especialmente gravosos: pelo crime em si de falseamento de declarações oficiais; por representarem uma muito relevante percentagem do total de crimes denunciados na Amadora, sobretudo roubos; pelo esforço processual inútil que provoca junto das autoridades policiais e judiciais; pelo injustificado sentimento e perceção de insegurança que causa na população; mas também porque "impulsiona um balanceamento erróneo do dispositivo policial para locais onde efetivamente não são cometidos crimes/roubos, o que naturalmente prejudica a segurança de toda uma Comunidade".

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