Homem é acusado de crimes de homicídio por negligência e omissão de auxílio.
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A Força Aérea Portuguesa (FAP) vai investigar o caso de um militar alcoolizado que terá atropelado mortalmente um homem em Beja e depois fugido, sendo suspeito dos crimes de homicídio por negligência e omissão de auxílio.
"Por estar envolvido um militar, a FAP vai abrir um processo de inquérito para averiguar o que se passou", disse esta segunda-feira à agência Lusa o chefe de relações públicas da força militar, tenente-coronel Manuel da Costa.
Ciclista morre atropelado por militar em Beja
O militar, um primeiro-sargento, de 34 anos, é suspeito de ter atropelado, na passada sexta-feira, com o veículo ligeiro de passageiros que conduzia, após ter saído da Base Aérea n.º 11, um homem, de 52 anos, que seguia de bicicleta, na estrada militar que liga a unidade da FAP ao Itinerário Principal (IP) 2, perto de Beja, disse à Lusa o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Beja da GNR, capitão Daniel Ferreira.
Segundo o oficial, após o acidente, que ocorreu cerca das 19h00, o militar terá fugido no veículo, mas, devido ao alerta dado às autoridades, foi intercetado por uma patrulha da GNR, poucos quilómetros depois, na chamada rotunda da FAP perto de uma das entradas da cidade.
O militar foi identificado, sujeito a um teste de alcoolemia, que acusou uma taxa crime de 1,7 gramas de álcool por litro de sangue, e detido pela GNR, disse Daniel Ferreira, referindo que o primeiro-sargento é suspeito de um crime de homicídio por negligência e de um de omissão de auxílio.
Segundo o capitão, por se tratar de um acidente com uma vítima mortal, também foi feita uma recolha de urina do militar destinada a exames toxicológicos para verificar a eventual existência de substâncias psicotrópicas no seu organismo.
O militar foi depois libertado pela GNR, sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência (TIR) e notificado para comparecer esta segunda-feira no Tribunal de Beja para primeiro interrogatório judicial.
No entanto, o interrogatório judicial não se realizou esta segunda-feira devido à greve de três dias dos oficiais de justiça e funcionários judiciais, que começou na passada sexta-feira e termina na terça-feira, indicou o mesmo oficial da GNR.
O Tribunal de Beja limitou-se a validar a medida de coação de TIR que tinha sido determinada pela GNR e vai notificar o militar para comparecer novamente no tribunal para ser sujeito a primeiro interrogatório judicial, disse o capitão.
Segundo o tenente-coronel Manuel da Costa, da FAP, o inquérito de averiguações da FAP vai decorrer em paralelo com o processo judicial relativo ao caso e, de acordo com o averiguado e também com o provado e decidido em tribunal, "poderá dar origem ou não a um processo disciplinar" ao militar.
Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja disse à Lusa que o alerta para o acidente foi dado às 18:55 de sexta-feira e foram mobilizados para o local dois operacionais e uma ambulância dos Bombeiros Voluntários e a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Beja e a GNR.
De acordo com a fonte do CDOS, o óbito da vítima foi declarado no local do acidente pelo médico da VMER e o corpo depois transportado para Gabinete Médico-Legal e Forense do Baixo Alentejo, situado no hospital de Beja, para ser autopsiado.
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