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Furtos levam a agressão de sem-abrigo que morreu em Paredes

Nuno Sousa costumava furtar cobre e ferro para derreter ou vender em sucatas. Recusou ser hospitalizado após ser atacado.

26 de setembro de 2025 às 01:30

Nuno Sousa, de 48 anos, era conhecido por cometer furtos em Lordelo, em Paredes. Apoderava-se de coisas pequenas, em cobre ou ferro - que depois vendia na sucata ou derretia. Na terça-feira à tarde, um homem de 32 anos, que estava a passar no local onde Nuno reside, apercebeu-se que ele estava junto a outro homem, Paulo Ferreira, de 57, a queimar materiais. Foi chamá-los à atenção e envolveram-se os três em confrontos. No meio da confusão, Nuno e Paulo, que vivem na condição de sem-abrigo, foram agredidos com um ferro. Paulo foi hospitalizado mas já teve alta. Nuno recusou transporte à unidade hospitalar, mas na quarta-feira foi encontrado inanimado na loja em que morava. No hospital Padre Américo foi declarado o óbito. 

A GNR esteve no local, mas o caso passou para a alçada da Polícia Judiciária do Porto. Para já, não foram feitas detenções até porque é essencial ser conhecido o resultado da autópsia. É preciso confirmar as causas da morte, visto que Nuno, conhecido pela alcunha de 'Rocha', se recusou ir ao hospital no dia das agressões - por aparentar estar sem ferimentos visíveis. Este homem tinha problemas com drogas.

Segundo apurámos, foi Nuno quem se muniu do ferro mas foi desarmado pelo homem de 32 anos - que o terá utilizado para depois agredir os dois sem-abrigo. O alerta foi dado cerca das 18h00, de terça-feira, para a rua Penas Altas. Nuno e Paulo, conhecido por 'Rambo', viviam numa loja, junto ao Mercado Municipal de Paredes, onde tinham sido alojados pela Câmara Municipal. As agressões aconteceram na rua. Para o local, foram acionados os Bombeiros de Lordelo e o INEM. Foram assistidos no local e Paulo Ferreira foi levado para o Hospital Padre Américo, em Penafiel.

Nuno e Paulo viviam na loja há pouco mais de um ano. Não tinham trabalho e viviam das ajudas de moradores da localidade com alimentos e dinheiro. Na zona dizem que eles "roubavam tudo, até panelas".

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