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Segurança da Academia do Sporting: "Vem aí um grupo a correr em direção à Academia vestido de preto"

"Não há indícios de a droga ser do Nuno Mendes", afirma o advogado de Mustafá que pede revisão da medida de coação.

28 de novembro de 2019 às 09:34

A sexta sessão do julgamento da invasão da Academia do Sporting em Alcochete decorre esta quinta-feira no Tribunal de Monsanto. Esta manhã será ouvido o Sargento Castro do Comando Territorial da GNR de Alcochete que assinou o auto de notícia da invasão da Academia a 15 de maio de 2018.

Ainda esta tarde, será ouvido o primeiro funcionário da academia do Sporting, Rui Falcão. É o vigilante que estava no portão da academia no dia do aque. 

Acompanhe ao minuto

18h01 -

Passados alguns minutos, Nuno Torres entrou na academia ao volante do BMW azul saindo pouco depois com Fernando Mendes, Aleluia e Tiago Silva a bordo. Os agora arguidos escaparam naquela tarde à GNR.17h55 - Rui Falcão, o segurança que estava à porta da Academia do Sporting no dia do ataque, garantiu em tribunal que o diretor de Segurança autorizou a entrada do BMW azul de Nuno Torres para ir buscar os arguidos Fernando Mendes, Aleluia e Tiago Silva.17h03 - "Senti medo. Era muita gente a entrar!". Segurança da Academia de Alcochete presente no local na tarde do ataque relata em tribunal o que sentiu quando viu cerca de 50 homens encapuzados a entrar na academia a correr.16h51 - Diretor de segurança da academia autorizou entrada do BMW azul de Nuno Torres que transportou arguidos após o ataque. Ricardo Vaz, do gabinete de apoio aos jogadores e Ricardo Gonçalves sabiam que alguns arguidos continuavam nas instalações e permitiram que saíssem de carro sem serem interceptados pela GNR. O segurança da academia, Ricardo Falcão, diz que foi Ricardo Gonçalves que lhe ordenou que dissesse à GNR que já não estava ninguém na academia. A patrulha que chegou em primeiro lugar a Alcochete voltou atrás após o recado do segurança.16h30 - "Está sossegado!". Invasores de Alcochete ameaçaram segurança da porta da academia. Ricardo Falcão está a testemunhar em tribunal e conta que segundos antes do ataque um motorista da empresa Amarsul aproximou-se da entrada da academia e disse-lhe: "vem aí um grupo a correr em direção à academia vestido do preto". O segurança da academia conta o que viu na tarda da invasão, a 15 de maio de 2018.16h04 - Advogado Rocha Quental pede neste momento a revisão da medida de coação de Mustafa, tendo em conta os indícios de tráfico de droga, após a cocaína encontrada na Casinha, sede da Juve Leo.

"Não há qualquer impressão digital no local onde a droga foi encontrada, não há indícios de a droga ser do Nuno Mendes. Não se provou que o arguido tenha estado no local nos dias ou sequer semana anterior pelo que peço a mitigação da medida de coação", diz o advogado que requer a substituição da medida de coação de preventiva para uma não privativa da liberdade.

Recorde-se que Mustafa só ficou em preventiva após ter sido encontrada droga na sede da Juve Leo. Na altura, o crime de tráfico de estupefaciente foi imputado ao cabecilha daquela claque leonina, que já aguardava julgamento onde respondia como um dos autores morais do ataque à Academia do Sporting.

12h00 - "Houve uma coordenação e conjugação de esforços entre os arguidos para levar a cabo o ataque", afirmou o sargento Castro, GNR de Alcochete

11h50 - Diretor de segurança da Academia sabia que os adeptos iam falar com os jogadores. O sargento do Comando Territorial de Alcochete garante ao tribunal que no dia do ataque, a 15 de maio de 2018, Ricardo Gonçalves, diretor de segurança da academia, admitiu à GNR que Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação dos adeptos, lhe tinha ligado pelas 15h52 a comunicar que um grupo de adeptos ia até à academia naquela tarde para falar com os jogadores. 

11h07 - Preparador físico de Jorge Jesus queimado por tocha

O sargento Castro continua a testemunhar no Tribunal de Monsanto. O militar contou ao coletivo que duas horas após o ataque viu Mário Pinto, conhecido por Mário Monteiro, que continua a ser preparador físico de Jesus, tinha queimaduras de tocha na barriga e no pulso.

A testemunha contou que várias portas da academia, que dão acesso ao balneário dos jogadores da equipa principal, apresentava sinais de terem sido forçadas e algumas estavam danificadas. 

10h55 - Jorge Jesus tinha edema na cara

O sargento contou ainda que um dos carros intercetados, momentos após o ataque, um BMW, tinha arguidos escondidos na bagageira.

10h30 - Juíza ameaça arguidos com prisão preventiva. Jovens acusados de terrorismo têm tido mau comportamento em tribunal.

Segundo a presidente do coletivo de juízes, alguns arguidos têm apresentado em tribunal e nas imediações comportamentos que classificou como desadequados e mal educados e relembrou que apesar de já não estarem em prisão preventiva as ações que têm no dia a dia podem agravar a medida de coação, garantindo que as mesmas podem vir a ser agravadas.

A juíza chegou mesmo a dizer que para alguns arguidos, em especial Domingos Monteiro, de 23 anos, a medida de coação poderá a vir a ser agravada. Relembre-se que o jovem foi apanhado com haxixe numa das revistas à entrada do tribunal e na sessão de terça-feira foi identificado pela PSP por desobediência a um agente, no tribunal. Outro dos arguidos com incidentes tem sido Hugo Ribeiro que na segunda-feira foi identificado pela PSP no tribunal por ter ameaçado uma jornalista da CMTV. No dia seguinte faltou à sessão do julgamento e não apresentou justificação ao coletivo.10h00- Sessão de julgamento começa no Tribunal de Monsanto.

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