Na GNR, "não há lugar para pessoas cujo comportamento possa corromper o compromisso de honra", pode ler-se no comunicado.
A GNR repudiou, esta terça-feira, "quaisquer atos que ponham em causa os direitos humanos" e garantiu que "tudo fará" para que "sejam criminalmente responsabilizados" os 10 militares da Guarda detidos pela PJ, caso se confirmem as suspeitas.
Em comunicado, divulgado na sequência da operação "Safra Justa" desenvolvida pela Polícia Judiciária (PJ), que culminou com 17 detidos, 10 deles militares da Guarda e um elemento da PSP, o Comando-Geral da GNR lembrou que o processo-crime está em segredo de justiça e é necessário salvaguardar a presunção de inocência dos envolvidos.
Contudo, e apesar de não saber "quais os ilícitos criminais, em concreto, que os seus militares poderão ter cometido", a GNR afiançou que, caso as suspeitas que sobre eles recaem se confirmem, agirá em conformidade.
"Confirmando-se as suspeitas que levaram à sua detenção, com práticas violadoras dos mais elementares princípios e valores que ditam a conduta dos militares da Guarda enquanto servidores da Lei, a Guarda Nacional Republicana tudo fará para que os autores sejam criminalmente responsabilizados, colaborando com todo o empenho e lealdade, com o Ministério Público e com a Polícia Judiciária", pode ler-se.
Na GNR, "não há lugar para pessoas cujo comportamento possa corromper o compromisso de honra e exemplaridade ética que nos guia e que assumimos perante a sociedade e os cidadãos que servimos", de acordo com o comando-geral da força de segurança.
No comunicado, a Guarda manifestou também o seu "total repúdio em relação a quaisquer atos que ponham em causa os direitos humanos, a dignidade das pessoas e o bom nome de todos os seus militares e civis".
A GNR disse ainda ter prestado "total colaboração e suporte" à PJ, nomeadamente "na efetivação das detenções e apresentação dos detidos a primeiro interrogatório judicial".
E, acrescentou, "já foram desenvolvidas as necessárias diligências de coordenação entre a GNR e a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), assumindo esta a instrução dos respetivos processos de âmbito administrativo e/ou disciplinar".
A PJ anunciou, em comunicado, ter realizado, esta terça-feira, a operação "Safra Justa", que permitiu desmantelar uma organização criminosa de auxílio à imigração ilegal que controlava centenas de trabalhadores estrangeiros, a maioria em situação irregular em Portugal.
A operação, que resultou em 17 pessoas detidas, das quais 10 militares da GNR, um elemento da PSP e seis civis, foi realizada através da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da PJ, no âmbito de um inquérito titulado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
No total, segundo a PJ, foi dado cumprimento a cerca de 50 de mandados de busca e 17 mandados de detenção, não só em Beja, mas também em Portalegre, Figueira da Foz e Porto.
Fonte policial contactada pela Lusa indicou que os 10 militares da GNR detidos pertencem ao Comando Territorial de Beja da GNR.
Quanto ao agente da PSP detido, "prestava serviço no Comando Distrital de Beja", mas "não estava atualmente a trabalhar", revelou à Lusa fonte da Polícia.
A mesma fonte da Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) explicou que o elemento "estava de baixa desde setembro de 2024".
O Ministério Público (MP) disse que os 17 detidos são suspeitos de se terem aproveitado da fragilidade das vítimas para "retirarem avultadas vantagens económicas".
Os factos investigados, de acordo com o MP e a PJ, são suscetíveis de integrar a prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal, tráfico de pessoas, corrupção ativa e passiva, abuso de poder, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Os 17 detidos deverão começar a ser presentes, na quarta-feira à tarde, ao Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, revelou à Lusa fonte policial, embora ainda não tenha adiantado qualquer hora.
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