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Greve de comboios desta sexta-feira não vai ter serviços mínimos

Preveem-se supressões a nível nacional em todos os serviços.

04 de dezembro de 2018 às 15:44

Os árbitros do Conselho Económico e Social (CES) optaram por não definir serviços mínimos para a greve dos comboios desta sexta-feira, segundo o acórdão disponível na página daquele órgão na internet.

"A conclusão a que se chega é a de que não se afigura adequado, ao abrigo dos critérios constitucionais e legais, a definição de serviços mínimos relativos à circulação das composições de transporte de passageiros, bem como à utilização das respetivas estruturas, por se tratar de uma greve de curta duração, de um dia apenas", lê-se no acórdão, com a data desta terça-feira.

A CP - Comboios de Portugal alertou esta terça-feira para "fortes perturbações" na circulação de comboios na sexta-feira, devido à greve, prevendo supressões a nível nacional em todos os serviços.

Numa informação enviada aos passageiros por 'email', a CP refere que, "por motivo de greve conv ocada por diversas organizações sindicais, preveem-se supressões de comboios a nível nacional em todos os serviços no dia 07 de dezembro".

A transportadora refere que "não serão disponibilizados transportes alternativos".

A CP diz que permitirá o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos, para os passageiros já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, InterRegional, Regional e Celta.

"Estes pedidos devem ser apresentados nas bilheteiras ou no formulário de contactos, até 10 dias após terminada a greve", detalha a transportadora rodoviária.

Os trabalhadores da CP, da EMEF e da Infraestruturas de Portugal (IP) vão fazer uma greve de 24 horas na sexta-feira, em defesa da negociação de melhores condições de trabalho.

"Decidimos fazer esta greve no mesmo dia nas três empresas porque o Governo continua a não dar resposta a uma reivindicação comum que é a de negociar melhores condições para estes trabalhadores", disse à agência Lusa José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e comunicações (FECTRANS), no dia 20 de novembro.

O sindicalista lembrou, na altura, que o Governo nem sequer está a cumprir os acordos que tinha estabelecido com os sindicatos no sentido de ser desenvolvida uma negociação com vista a dar resposta às reivindicações dos trabalhadores, que têm levado à concretização de várias greves ao longo do ano.

Referiu, como exemplo, o acordo estabelecido em fevereiro para a CP, que previa a negociação de medidas para entrarem em vigor em outubro, mas que não resultou em nada, dado que não houve reuniões entre abril e 14 de novembro, data em que ainda não foram apresentadas propostas.

A greve foi decidida após a realização de plenários em vários pontos do país.

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