Guardava o ouro furtado em meias

Rui Amadeu, acusado de 53 assaltos em casas de diversas zonas do Norte do País, confessou ontem todos os crimes, no início do julgamento que decorre no Tribunal de S. João Novo, no Porto. Perante o coletivo, o ladrão - que se senta no banco dos réus com mais 13 arguidos - contou que usava meias para levar o ouro furtado das moradias que atacava.

Os assaltos ocorreram no Porto, na Régua, em Marco de Canaveses, Maia, Matosinhos, Gaia, Gondomar, Espinho, Ovar, Oliveira de Azeméis, Ílhavo, Estarreja, S. João da Madeira e na Feira. "Íamos na autoestrada sem destino. Só depois escolhíamos as casas, que tinham de estar sem ninguém lá dentro", disse Rui Amadeu, que justificou os crimes – tocavam à campainha para perceber se estava alguém nas habitações – com o vício da droga.

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O homem implicou outros assaltantes, afirmando que nunca atuou sozinho. Dois dos arguidos eram funcionários em casas de compra de ouro e estão acusados de recetação, após aquisição dos bens roubados. Um outro está acusado de facilitar aos ladrões a troca dos carros que usavam nos crimes.

O valor total dos artigos furtados, entre 2011 e 2013, é de 508 mil euros. Outro dos alegados cúmplices também falou ao tribunal, mas negou qualquer envolvimento no caso.