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Da fuga à detenção de João Rendeiro: Todos os detalhes sobre a operação da PJ

Ex-banqueiro estava em fuga à justiça desde setembro após ter sido condenado.

11 de dezembro de 2021 às 08:32
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João Rendeiro detido pela PJ

João Rendeiro foi detido este sábado em Durban, na África do Sul, anunciou a Polícia Judiciária. O ex-banqueiro estava na Forest Boutique Guest House, na província de KwaZulu-Natal, no momento em que foi apanhado pelas autoridades sul-africanas.

Rendeiro será presente a tribunal na próxima segunda-feira. Segundo apurou o CM com o brigadeiro Vish Naidoo, porta-voz da South African Police Service, contactado através da sede da polícia em Pretória, João Rendeiro encontra-se na esquadra em Durban, onde aguarda a presença em tribunal marcada para a próxima segunda-feira.

Condenado pela justiça, João Rendeiro deixou Portugal em setembro. Quando chegou à África do Sul, Rendeiro fixou-se primeiramente em Sandton, zona rica na porvíncia de Gauteng, que faz parte de Joanesburgo, e posteriormente deslocou-se para Durban, onde viria a ser detido este sábado.

"Ele já estava sob a nossa vigilância e assim que a necessária documentação chegou prendemos este indivíduo, esta manhã, em Umhlanga Rocks, norte de Durban", disse o porta-voz do comissário nacional da polícia sul-africana Vish Naidoo, ao Correio da Manhã.

O porta-voz policial sul-africano adiantou que o ex-banqueiro, sobre quem pendia um mandado de detenção internacional, encontra-se detido numa esquadrada da polícia, em Durban, e comparecerá no Tribunal da Magistratura de Durban na segunda-feira como parte do processo de extradição.

"Está neste momento detido na esquadra e por razões de segurança não podemos identificar o nome da esquadra", frisou.

Durante os últimos meses recusou-se sempre a revelar onde se encontrava, admitindo que só voltaria a Portugal se fosse ilibado "ou com um indulto" de Marcelo Rebelo de Sousa.

Entretanto, os ex-administradores do BPP Salvador Fezas Vital e Fernando Lima, também condenados a penas de prisão, ficaram proibidos de se ausentarem para o estrangeiro, tendo contribuído para este agravamento das medidas de coação a fuga de João Rendeiro.

Sobre o ex-banqueiro pendem três penas de prisão, sendo que uma, de cinco anos e oito meses por ter falsificado a contabilidade do BPP, já transitou em julgado. Além desta, há outra de 10 anos por fraude fiscal e branqueamento de capitais, e uma terceira, de três anos e meio por burla qualificada. Estas duas últimas ainda não transitaram em julgado. 

Rendeiro será presente a tribunal na próxima segunda-feira. Segundo apurou o CM com o brigadeiro Vish Naidoo, porta-voz da South African Police Service, contactado através da sede da polícia em Pretória, João Rendeiro encontra-se na esquadra em Durban, onde aguarda a presença em tribunal marcada para a próxima segunda-feira.

Condenado pela justiça, João Rendeiro deixou Portugal em setembro. Quando chegou à África do Sul, Rendeiro fixou-se primeiramente em Sandton, zona rica na porvíncia de Gauteng, que faz parte de Joanesburgo, e posteriormente deslocou-se para Durban, onde viria a ser detido este sábado.

"Ele já estava sob a nossa vigilância e assim que a necessária documentação chegou prendemos este indivíduo, esta manhã, em Umhlanga Rocks, norte de Durban", disse o porta-voz do comissário nacional da polícia sul-africana Vish Naidoo, ao Correio da Manhã.

O porta-voz policial sul-africano adiantou que o ex-banqueiro, sobre quem pendia um mandado de detenção internacional, encontra-se detido numa esquadrada da polícia, em Durban, e comparecerá no Tribunal da Magistratura de Durban na segunda-feira como parte do processo de extradição.

"Está neste momento detido na esquadra e por razões de segurança não podemos identificar o nome da esquadra", frisou.

Durante os últimos meses recusou-se sempre a revelar onde se encontrava, admitindo que só voltaria a Portugal se fosse ilibado "ou com um indulto" de Marcelo Rebelo de Sousa.

Entretanto, os ex-administradores do BPP Salvador Fezas Vital e Fernando Lima, também condenados a penas de prisão, ficaram proibidos de se ausentarem para o estrangeiro, tendo contribuído para este agravamento das medidas de coação a fuga de João Rendeiro.

Sobre o ex-banqueiro pendem três penas de prisão, sendo que uma, de cinco anos e oito meses por ter falsificado a contabilidade do BPP, já transitou em julgado. Além desta, há outra de 10 anos por fraude fiscal e branqueamento de capitais, e uma terceira, de três anos e meio por burla qualificada. Estas duas últimas ainda não transitaram em julgado. 

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"É uma reposição de um erro da justiça": Paulo Morais sobre detenção de Rendeiro

Os pormenores da detenção

Luís Neves, Diretor da PJ, revelou alguns detalhes sobre a detenção do ex-banqueiro. Luís Neves começou por agradecer às forças policiais de África do Sul e de Angola pela ajuda no processo. "Nós detetámos a saída desta pessoa procurada em 14 de setembro do Reino Unido", revelam as autoridades, acrescentando: "temos a perceção de por onde passou até chegar à África do Sul". João Rendeiro terá entrado no país africano a 18 de setembro. A detenção ocorreu este sábado, às 07h00 locais (05h00 em Portugal).

O diretor da Polícia Judiciária revelou que o ex-banqueiro "reagiu surpreso [à detenção], não estava à espera" e que "não tinha disfarce e tinha cuidados". 

João Rendeiro, que está detido "muito longe de Pretória e de Joanesburgo", será presente às autoridades nas próximas 48 horas. "Se e quando for extraditado é para cumprimento de pena", garantiu Luís Neves, que considera "patético" banqueiro dizer que "não estava fugido". A extradição está garantida, sublinharam as autoridades.

Luís Neves realçou que, "independentemente das questões pandémicas", estão em condições de ir buscar João Rendeiro, mas, ressalvou, "isso é uma questão que já está fora" do âmbito da PJ.

Sobre a chegada a África do Sul, as autoridades acreditam que Rendeiro teve "um apoio pessoal" no país.

As autoridades explicaram que Rendeiro usou todos os meios tecnológicos para não ser detetado, sendo que a fuga foi preparada durante vários meses.

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