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Jovem de 17 anos detido por incitamento ao ódio racial em debate no Liceu Camões

Arguido é suspeito de ser um dos autores da invasão 'online' de um debate organizado pela Associação de Estudantes.

25 de maio de 2022 às 20:20

Um jovem foi detido na terça-feira por suspeita de ser um dos alegados autores da invasão 'online' de um debate da Associação de Estudantes do Liceu Camões, em 18 de fevereiro de 2021, anunciou esta quarta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

A Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), da PJ, adianta, em comunicado enviado à agência Lusa, que deteve na passada terça-feira o jovem de 17 anos, indiciado pela prática de crimes de discriminação e de incitamento ao ódio e à violência.

O arguido, que será depois presente a um juiz de instrução criminal para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação, foi detido durante uma busca domiciliária e de um mandado de detenção fora de flagrante delito.

O jovem foi detido no âmbito de um inquérito titulado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, e é suspeito de ser "um dos presumíveis autores da invasão 'online' de um debate organizado pela Associação de Estudantes da Escola Secundária de Camões, no dia 18 de fevereiro de 2021, denominado 'A Influência da escravatura e o racismo institucional'".

Segundo os dados fornecidos pela PJ, "o arguido partilhou o 'link' da reunião em diversos canais e redes sociais, com o objetivo de, em articulação com outros utilizadores, perturbarem o debate, que se estava a realizar através da plataforma Zoom".

"Após o incitamento, diversos indivíduos entraram da reunião 'online' e publicaram fotos e 'gifts' com conteúdos racistas e nazis, incluindo cruzes suásticas", ao mesmo tempo que imitavam sons de macacos e proferiam expressões insultuosas, acrescenta a PJ na nota enviada à Lusa.

Segundo a Judiciária, o detido partilha em diversas plataformas digitais propaganda neonazi e "assume-se como defensor da "supremacia branca" e de movimentos internacionais, tal como o National Partisan Movement, através da propaganda que difunde".

A PJ prossegue as investigações para apurar o envolvimento de outros suspeitos no crime.

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