A edição de hoje
Agostinho Torres integra lista à Associação Sindical dos Juízes.
Discreto, com muita experiência, competente, estudioso e com uma particularidade: gosta muito de música e toca guitarra portuguesa. Assim é descrito Agostinho Soares Torres, de 57 anos, na magistratura há 32 e há nove na Relação de Lisboa. Passou pela PJ, em 2005, como diretor da Unidade de Combate ao Banditismo, é júri nas orais do Centro de Estudos Judiciários e é candidato a presidente da Assembleia Geral da Associação Sindical dos Juízes da lista encabeçada por Luís Miguel Martins, apoiada pelo Movimento Justiça e Democracia. Este é o perfil do desembargador da 5ª secção da Relação, que, com João Carrola, vai apreciar o recurso de José Sócrates.
Preso desde 25 de novembro e indiciado por sete crimes económicos, o antigo primeiro-ministro só deverá ter uma decisão ao seu recurso no final do próximo mês. Segundo explicou fonte judicial ao CM, o Ministério Público tem agora dez dias para se pronunciar. Depois, a defesa terá outros dez dias para responder e, por fim, o relator do recurso tem um prazo indicativo, de 30 dias, para decidir. Apesar de este prazo não ser vinculativo, não deverá variar muito, uma vez que o processo é urgente por ter arguidos presos.
Antes do recurso será conhecida a decisão do juiz Carlos Alexandre sobre a manutenção ou não da preventiva de Sócrates, o que tem de acontecer até ao final de fevereiro, uma vez que o ex-governante foi detido a 21 de novembro e a medida de coação é avaliada de três em três meses.
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