A edição de hoje
Filipe Silva quis desmentir colegas, tribunal travou-o: não tem de comentar depoimentos.
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O subcomissário Filipe Silva tentou, esta segunda-feira, desmentir os colegas da PSP que, na sessão anterior, tinham explicado que o uso do bastão extensível só é admitido em situações de maior conflito e que não tinha sido distribuído aos oficiais antes do jogo do título de 2015, mas acabou repreendido pela juíza do coletivo que o está a julgar no tribunal de Guimarães.
"O senhor é arguido, não tem de comentar o depoimento das testemunhas, nem de fazer interpretações da lei. Esse papel cabe a nós. Só pode falar sobre os factos que lhe são imputados. Quer falar sobre os factos?", questionou a juíza, em tom severo. Filipe Silva calou-se.
Os esclarecimentos que pretendia prestar surgiram no final da sessão em que foram ouvidos a mãe, o irmão e a funcionária de José Magalhães - o adepto do Benfica que foi filmado pela CMTV a ser espancado por Filipe Silva, em maio de 2015, junto ao Estádio D. Afonso Henriques. "O meu marido nunca mais foi o mesmo, ficou muito abalado, esquecido e sensível. Está muito envergonhado pelo que viveu.
Foi agredido a soco e viu o filho ser espancado, com os netos ao lado aos gritos e sem poder chamar as autoridades porque eram as próprias autoridades os agressores", recordou Maria Magalhães, cujo marido - pai de José Magalhães - também foi agredido. "Até deixou de ir ao café, tem vergonha. Deixou de ser conhecido por senhor Magalhães para ser o 'velho que levou dois socos' ou 'o pai do benfiquista que foi espancado", relatou o filho.
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