A edição de hoje
Produto estupefaciente serviria para pagar informações a consumidores de droga.
O julgamento de três agentes da PSP e um subcomissário, suspeitos dos crimes de procedimentos policiais abusivos, teve início, esta manhã de segunda-feira, no Tribunal de São João Novo, no Porto. Um quinto arguido responde por crimes relacionados com deturpação de contraordenações.
Os arguidos terão praticado os crimes entre dezembro de 2022 e julho de 2023. Segundo a acusação pública, os agentes da PSP apreenderam droga em condições ilegais. O produto estupefaciente serviria para pagar informações a consumidores de droga. As informações passavam por denúncias que permitiriam aos agentes efetuar detenções de traficantes de droga em flagrante delito. Ainda segundo o Ministério Público, há suspeita dos arguidos elaborarem autos de contraordenação em nome de terceiros, evitando que os verdadeiros infratores fossem autuados. Os agentes da PSP, ainda segundo a Acusação Pública, são suspeitos de terem agredido, por razões não apuradas, um consumidor de estupefacientes.
Durante as diligências, foram apreendidas armas e munições ilegais. Terão sido feitas, igualmente, buscas domiciliárias sem a devida validação do órgão competente.
Os três agentes da PSP foram detidos em julho de 2023 e sujeitos à medida de coação de prisão preventiva.
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