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Julgamento do processo "Semente em Pó" começou em Bragança com quatro arguidos

Processo tinha cinco arguidos, mas um dos acusados morreu na cadeia de Bragança.

29 de maio de 2023 às 11:37

O Tribunal de Bragança começou esta segunda-feira a julgar o processo conhecido como "Semente em Pó", relacionado com uma alegada rede de tráfico de droga que operava no Norte de Portugal.

O processo tinha cinco arguidos, mas um dos acusados morreu na cadeia de Bragança, onde se encontrava em prisão preventiva a aguardar julgamento.

No banco dos réus estão agora três homens e uma mulher, com idades entre os 33 e os 56 anos, acusados dos crimes de tráfico de estupefacientes, detenção de arma proibida e tráfico e mediação de armas.

Os arguidos são uma engenheira e um agricultor de Mirandela, um porteiro de Vila Nova de Gaia e um mecânico de Boticas, três dos quais estão em prisão preventiva.

O grupo foi detido em junho de 2022 numa operação policial denominada "Semente em Pó" realizada durante dois dias em vários concelhos do Norte do país para dar cumprimento a cinco mandados de detenção, nove mandados de buscas domiciliárias e a 15 mandados de buscas em veículos, anexos e estabelecimentos.

As autoridades apreenderam 500 doses de cocaína, 26 de haxixe, 40 de canábis folhas, 63 plantas e sementes de canábis, quatro balanças de precisão, outro material relacionado com o tráfico de droga, além de mais de cinco mil euros em dinheiro, duas viaturas, armas de fogo e munições, bastões, catanas e material informático, entre outro.

Da operação policial resultaram seis detidos, mas o Ministério Público acabou por deduzir acusação apenas contra cinco dos visados.

A alegada rede de tráfico de droga teria base em Mirandela, no distrito de Bragança, e estava a ser investigada há cerca de dois anos.

A investigação apurou que a droga era adquirida nos distritos do Porto e Vila Real e "tratada, acondicionada e enterrada em locais ermos do concelho de Mirandela para ser revendida a consumidores dos concelhos de Mirandela, Valpaços, Vila Flor, Chaves e Boticas".

"Paralelamente a essa atividade, o grupo cultivava plantas de canábis, aproveitando locais em que a vegetação não permitia detetar a presença das mesmas, procedendo à sua secagem e embalamento em armazéns, no concelho de Mirandela, para posteriormente a vender aos consumidores", segundo a investigação.

O Ministério Público arrolou quase 80 testemunhas para o julgamento que começou hoje, em Bragança, e durante o qual os arguidos estarão ausentes da sala de audiências, a pedido do Ministério Público.

O pedido foi justificado "considerando os constrangimentos e receios que as testemunhas consumidores podem apresentar, de forma a garantir um depoimento livre e consonante com a verdade".

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