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Artigo exclusivo

Mãe de menino morto em Grândola denunciou homicida por violência doméstica

Estilista relatou a amigas “mudanças de humor” do arquiteto, que ficou “controlador e agressivo”, o que levou ao final do casamento.

10 de novembro de 2021 às 01:30
Mãe de menino morto em Grândola denunciou homicida por violência doméstica

Comunicado da família

"A família de Phoebe Arnold, cujo filho perdeu a vida, em Grândola, em circunstâncias trágicas, está de coração partido com a morte de uma criança que não poderia amar mais. Os eventos da passada semana marcaram para sempre a sua vida e deixaram feridas que nunca irão cicatrizar.

A família deseja estar junta e, neste momento, solicita a privacidade necessária para proteger a investigação policial e para lidar com as consequências deste crime indescritível.

Acima de tudo, desejam homenagear a memória de uma criança querida, amada e bela, que lhes foi tirada na mais cruel das circunstâncias.

Obrigado."

- Como é que a sociedade vê estes casos de pais que matam os filhos?

Carla Dias da Costa – O choque não tem tanto a ver com o pai, mas sim com a forma brutal como o fez. Infelizmente, estes atos, chamados de atos de amor criminal, na realidade são, muitas vezes, feitos por pessoas inteligentes e por pessoas que têm a capacidade de pensar. Simplesmente desorganizam-se de uma forma e concentram-se tanto em si próprias e nas suas necessidades e dores, que que tudo se torna um objeto descartável. E, de facto, é muito doloroso. Não só a forma como este pai consegue matar o próprio filho, como, na realidade, consegue destruir tudo à sua volta só para fazer valer a sua vontade.

"Só para fazer valer a vontade", Carla Dias da Costa, psicóloga, sobre pai que matou o filho

– Este homem, denotam as ações dele, teria uma desordem de personalidade não diagnosticada?

– Claramente tinha aqui uma perturbação na personalidade, porque na realidade já tínhamos aqui impedimentos anteriores nas relações com as ex-companheiras, em relação às próprias crianças e a elas. A forma como toda a vida dele foi gerindo as relações não terá sido de uma forma dita tão normativa, mas sim uma mais patológica. Senão não teriam sido tomadas medidas tão drásticas de afastamento das próprias crianças, que eram também seus filhos.

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