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Mãe que terá tentado matar o filho no Pediátrico de Coimbra começa a ser julgada

Mulher vai ser julgada por duas tentativas de homicídio contra bebé, na altura com cinco meses.

18 de novembro de 2025 às 08:06

O Tribunal de Coimbra começa a julgar esta terça-feira de manhã uma mulher de 20 anos que é acusada de tentar matar por duas vezes o seu filho de cerca de cinco meses, quando o bebé recebia tratamento no Hospital Pediátrico.

Os dois crimes de tentativa de homicídio qualificado de que é acusada a mãe terão ocorrido entre 31 de dezembro de 2024 e 2 de janeiro de 2025, quando o bebé estava internado no Hospital Pediátrico de Coimbra na sequência dos problemas de saúde que apresentava e após ter sido submetido a um procedimento para proteção das vias aéreas.

De acordo com a acusação a que a agência Lusa teve acesso, a criança é portadora de uma doença genética que leva a perturbações no desenvolvimento intelectual e físico, infeções recorrentes das vias aéreas, anomalias cerebrais e do esqueleto e membros.

Durante o internamento, a mãe da criança acompanhou em permanência o filho, pernoitando, por vezes, na própria sala da unidade de cuidados intensivos em que a vítima estava internada.

Em duas situações durante o internamento do bebé, a arguida é acusada pelo Ministério Público (MP) de desligar o tubo de ventilação colocado na garganta do seu filho e pôr pedaços de algodão e bolas de papel de um livro de sopa de letras no interior da cânula aplicada num orifício junto à traqueia da vítima -- objetos que acabaram alojados nos brônquios do bebé.

Na primeira situação, o bebé teve dois episódios de "dessaturação grave" (queda acentuada dos níveis de oxigénio no sangue) e batimento cardíaco lento, e, na segunda situação, a vítima ficou em paragem cardiorrespiratória e sofreu hemorragia pela boca e narinas, tendo sido submetida a manobras de reanimação pela equipa médica.

À data da acusação, em julho, o bebé continuava internado no Hospital Pediátrico, sem alta prevista, acreditando-se que as condutas da mãe poderão ter tido "consequências permanentes" para o desenvolvimento da vítima.

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