EY 'Global Information Security Survey 2021' diz que estratégias do cibercriminosos estão, cada vez mais, "sofisticadas e imprevisíveis".
A maioria (77%) das empresas sofreram um aumento de ataques cibernéticos no último ano, ao mesmo tempo que as estratégias dos cibercriminosos estão sofisticadas, quando, em Portugal, não está a ser aplicada a política de segurança, revelou a EY.
"[...] Cerca de três em cada quatro empresas (77%) assistiram a um aumento de cibertaques diruptivos, como ataques de 'ransomware' nos últimos 12 meses, o que compara com 59% no ano anterior", indicou em comunicado a EY, empresa de auditoria, assessoria fiscal, de transações e de gestão.
De acordo com o EY 'Global Information Security Survey 2021', em simultâneo, as estratégias do cibercriminosos estão, cada vez mais, "sofisticadas e imprevisíveis", sendo que 43% dos inquiridos mostraram-se "mais preocupados do que nunca" com a sua capacidade de gerir estas ameaças.
Mais de 80% dos dirigentes de cibersegurança apontaram ainda que a pandemia de covid-19 levou a que fossem ignorados alguns processos para dar resposta às necessidades, enquanto 56% referiram que as empresas contornaram os processos de cibersegurança para facilitar os requisitos para o trabalho remoto.
Em Portugal, a maioria das empresas não está a aplicar a política de segurança das tecnologias de informação e comunicação aos processos da organização, nem a "dar importância devida" aos diretores de segurança da informação (CISO).
Segundo os especialistas da EY Portugal, nalguns casos as políticas até existem e são revistas, mas a sua aplicação aos processos não é monitorizada.
"Apesar de a tendência para a nomeação de um CISO dentro das organizações estar a aumentar em Portugal, ainda não é uma prática que esteja enraizada", apontaram.
A análise revelou também que os orçamentos das empresas para a cibersegurança são baixos, quando comparados com o total dos gastos em tecnologias de informação.
No total, as organizações consideradas registaram receitas de cerca de 11.000 milhões de dólares (9.268 milhões de euros) no ano passado, mas gastaram 5,28 milhões de dólares em cibersegurança, ou seja, 0,05% do total, embora existam diferenças de setor para setor.
Já 39% dos inquiridos notaram que o orçamento da sua empresa é inferior ao necessário para gerir as ameaças que emergiram no último ano e 36% consideraram ser uma questão de tempo até surgir uma ameaça que poderia ser evitada se houvesse um "investimento mais apropriado".
Além dos orçamentos, a complexidade regulatória e a falta de envolvimento entre os responsáveis de cibersegurança e outros departamentos são identificados como os fatores que potenciam os ataques cibernéticos.
Entre os inquiridos, 41% descreveram as suas relações com o departamento de marketing como "negativas", enquanto 28% notaram que o relacionamento com o proprietário da empresa é "fraco".
Assim, "enquanto 36% dos entrevistados em 2020 confiavam que as equipas de cibersegurança estavam a ser consultadas na fase de planeamento de novas iniciativas, esse número caiu para 19% em 2021".
O estudo em causa foi realizado junto de mais de mil diretores de segurança da informação e responsáveis de cibersegurança de organizações de todo o mundo.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.227.765 mortos em todo o mundo, entre mais de 198,2 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.378 pessoas e foram registados 972.127 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.