Presidente admite que é inédita a intervenção num assunto dos militares com investigação em curso.
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O Presidente da República considerou esta sexta-feira que teve uma tomada de posição pública sem precedente face ao furto de material de guerra em Tancos, admitindo que se faça a interpretação de que foi "até ao limite" dos seus poderes.
Em declarações aos jornalistas, no final de uma conferência no Palácio da Cidadela de Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa não quis fazer comentários sobre o desenvolvimento deste caso, mas não excluiu, no entanto, voltar falar ou a intervir: "Naturalmente, quando entender que devo intervir ou falar novamente, fá-lo-ei".
Questionado sobre as declarações do Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, na audição parlamentar à porta fechada de quinta-feira, respondeu: "Eu, como Presidente da República e como Comandante Supremo das Forças Armadas, disse há uma semana já exatamente o que pensava".
"E fiz, a seguir, ao longo da semana, o que entendi que devia fazer. Porventura, sendo interpretado como indo até ao limite dos meus poderes, uma vez que não há precedente de tomadas públicas de posição do Presidente da República e do Comandante Supremo das Forças Armadas sobre este tipo de matérias, no momento em que ocorrem e na fase que ainda decorre", prosseguiu.
"Mas entendi que devia fazê-lo. Está feito. E, naturalmente, quando entender que devo intervir ou falar novamente, fá-lo-ei", acrescentou.
O Presidente da República repetiu esta mensagem: "Quando eu entender que devo falar novamente, se for esse o caso, e também intervir, no âmbito dos meus poderes, fá-lo-ei".
Interrogado se não deviam já estar apuradas responsabilidades sobre o furto de material de guerra em Tancos e sobre os incêndios na região centro do país que provocaram 64 mortes e mais de 200 feridos, Marcelo Rebelo de Sousa não respondeu diretamente à questão.
O chefe de Estado voltou a referir que irá mais uma vez a Pedrógão Grande, no sábado, "dentro da preocupação que é de apoiar a prioridade da reconstrução".
"É fundamental que as populações, para além da reconstrução de vias e de infraestruturas públicas, nomeadamente comunicações, comecem a ver no mais curto lapso possível a reconstrução das casas, a começar nas primeiras casas. Esse é um grande desafio. Depois há outros: as outras casas, outras estruturas, as empresas", defendeu.
A este propósito, o Presidente da República salientou que promulgou, "em horas, um diploma do Governo acabado de aprovar criando o fundo essencial para a reconstrução", e também o diploma da Assembleia da República para a constituição de uma comissão técnica independente, logo que lhe "chegou às mãos".
"Como veem, estou muito atento a essas problemáticas", afirmou.
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