Três das cinco fragatas não vão ter sensores atualizados e a sua vida útil termina em 10 anos.
A Marinha portuguesa tem cinco navios de superfície combatentes (fragatas), todos com 26 a 28 anos de serviço, e deverá ficar apenas com dois dentro de dez anos, quando chega ao final a vida útil dos três da classe Vasco da Gama.
Estes não vão ser modernizados, deixando de contribuir para as missões da NATO mais exigentes pois os sistemas ficam obsoletos. E, nesta altura, ainda não foi oficializado com aval do governo um grupo de trabalho para aquisição de novas fragatas.
Segundo explicam ao CM fontes da Defesa, a Armada terá "elevado poder de fogo" apenas nas duas fragatas da classe Bartolomeu Dias (que saem de modernização em 2020 e 2022). Os dois submarinos continuam a ser a principal arma de dissuasão.
A não inclusão da modernização das três Vasco da Gama na Lei de Programação Militar leva a que na Marinha "já se pense" em alternativas. Construir fragatas de raiz já deveria estar em marcha e os valores apontavam para 600 milhões a unidade. O futuro pode passar por um consórcio de aliados (para dividir custos) ou a ida ao mercado de 2ª mão, como se fez na compra à Holanda das Bartolomeu Dias, que com a modernização avançam a sua vida útil até 2035.
Uma fonte admite que a prioridade do Governo são meios não combatentes para busca e salvamento, fiscalização e evacuações. O primeiro-ministro prometeu incluir na LPM verba para seis novos patrulhas oceânicos (para substituir corvetas com 47 e 43 anos), um novo reabastecedor para 2028 (o ‘Bérrio’ tem 49 anos, [ver caixa]) e um meio inédito em Portugal: um Navio Polivalente Logístico, que só deverá chegar em 2026.
Para poupar e canalizar verbas para outros programas, o NPL poderá ser em 2ª mão. Não há data para ser assinado o contrato destes 8 navios. Fonte oficial da Marinha disse ao CM não comentar porque a LPM ainda não foi aprovada no Parlamento.
PORMENORES
Sistemas e sensores
A perda de capacidade na luta antissubmarina é um dos problemas da não modernização de sistemas e sensores das Vasco da Gama. Deixam ainda de conseguir comunicar à velocidade dos outros navios da NATO.
Sobrecarga no pessoal
A elevada idade dos navios dificulta a obtenção de sobressalentes. As corvetas, por exemplo, têm avarias recorrentes. Isso leva à chamada de navios mais recentes cuja tripulação estaria em treino ou descanso. Há praças e sargentos que passam de navio em navio e estão quase sempre embarcados.
Sem simulador
De acordo com fontes oficiosas da Defesa, no planeamento feito pela Marinha com base nas verbas da futura LPM a remotorização dos cinco helicópteros Lynx será completa entre 2019 e 2021. Mas deixou de haver dinheiro para um simulador. A Armada procurará financiamento.
Reabastecedor "é fundamental"
O ‘Bérrio’ "é fundamental" para apoio. "Numa evacuação de civis permite ter navios um mês sem ir a porto", diz uma fonte. Dá ainda apoio a navios da NATO, mas não os acompanha a Norte porque falta duplo casco. Substituto só quando tiver 60 anos.
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