A edição de hoje
Ministério Público acusa Eduardo Fernandes, 62 anos, de dois crimes de homicídio qualificado.
O homem de 62 anos que assassinou a tiros de caçadeira a ex-mulher e o rival, em setembro do ano passado, em Alvaiázere, agiu por ciúmes e também por estar farto dos gastos elevados de Adélia Simões em artigos supérfluos. A conclusão é do Ministério Público, que terminou o inquérito e acusa Eduardo Fernandes de dois crimes de homicídio qualificado.
Além de estar cansado dos gastos elevados de Adélia, 55 anos, Eduardo Fernandes não aceitou a separação nem o facto de ela ter saído de casa sem lhe dar explicações e se recusar a falar com ele. Segundo o despacho de acusação, citado ontem pela Lusa, o homicida ficou irritado quando soube que teria de pagar metade dos créditos bancários que contraíra com a vítima.
A mulher, por seu lado, queixava-se de maus-tratos psicológicos e privação de bens por parte do homicida. Foi por isso que saiu de casa e se instalou em casa do patrão, Luís Nunes, 62 anos, eletricista, onde fazia limpezas há alguns anos. Os crimes ocorreram uma semana depois, quando Adélia foi a casa do homicida, na rua de Nexebra, buscar os seus bens pessoais, acompanhada do novo namorado e da advogada a quem se queixara do comportamento do homicida.
Eduardo Fernandes começou por aceitar a retirada dos bens, mas acabou por se irritar e matar a tiro de caçadeira a ex-mulher e o rival, à porta da sua casa.
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