Juízes tiveram em conta a confissão de Fernando Alves.
Matou um hóspede com 34 facadas e guardou o corpo durante quase sete meses devido às convicções religiosas da vítima, Joaquim Pereira, de 54 anos. O crime ocorreu na noite de 9 de fevereiro do ano passado e ontem o coletivo de juízes do Tribunal de São João Novo aplicou a Fernando Alves, 53 anos, dono da pensão Serrano, no Porto, uma pena de 12 anos e três meses de cadeia.
Os magistrados decidiram alterar a qualificação jurídica do crime e entenderam que o homem deveria ser condenado por homicídio simples e não qualificado – o facto de a vítima ser uma pessoa conflituosa e de ter quatro rendas em atraso levaram a que o coletivo considerasse não estar perante um motivo fútil. "O arguido demonstrou falta de respeito pelos mortos, mas confessou grande parte dos factos", sublinhou o juiz-presidente.
No dia do crime, Fernando Alves e Joaquim Pereira voltaram a discutir. O arguido, que está preso, subiu ao quarto da vítima e matou-a. Os juízes dizem que, ao contrário do que dizia a acusação, Joaquim não o terá ameaçado com uma navalha. O corpo esteve quatro meses escondido num armário e depois num armazém. "O meu cliente está arrependido e continua a pensar muito no que fez", referiu o advogado Carlos Quaresma, que não vai recorrer.
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