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Mulher queixa-se de ser "humilhada e gozada" em Vouzela

Trabalhava como auxiliar de ação médica no Centro de Saúde de Vouzela.

24 de fevereiro de 2016 às 12:13

Uma mulher, a trabalhar temporariamente no Centro de Saúde de Vouzela como auxiliar de ação médica, disse esta quarta-feira que enviou para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde uma queixa "por ter sido humilhada e gozada" naquela unidade de saúde.

Em declarações à Lusa, Maria Adelaide Silva explicou que a queixa foi enviada esta semana para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), organismo ao qual deu a conhecer um episódio que teve início a 10 de fevereiro, quando lhe pediram para realizar trabalho de separação de processos no sótão do centro de saúde de Vouzela.

"Como fui trabalhar para lá como CEI [Contratos de Emprego Inserção], não podia exercer qualquer função sozinha, tinha de ser sempre com outra auxiliar vinculada à função pública, mas a verdade é que me mandaram sozinha para aquele sótão com pouca luz, cheio de humidade e de prateleiras com processos", descreveu.

Trabalho estendeu-se para os dias seguintes

De acordo com Maria Adelaide Silva, de 54 anos, o trabalho de separação de processos estendeu-se para os dias seguintes, tendo "perguntado ao responsável pelos auxiliares se continuaria a fazer o trabalho sozinha".

"Foi-me dito que estava lá para trabalhar e fazer o que me mandavam, o que acatei. A 15 de fevereiro, numa altura em que me encontrava sozinha, caiu-me em cima uma prateleira cheia de processos", sustentou.

Maria Adelaide Silva apontou que não tem ideia do tempo em que esteve "soterrada em processos, com a estante por cima e com dificuldades em respirar".

Um dos médicos que se encontrava a dar consultas "também veio ver o que se passava" e solicitou que chamasse uma ambulância para a levar para o hospital, uma vez que "o raio-X do centro de saúde não está a funcionar".

Contactado pela Lusa, o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde Dão-Lafões, Luís Botelho, confirmou que o responsável pelos serviços administrativos do centro de saúde de Vouzela lhe reportou por escrito que Maria Adelaide Silva "teve um suposto acidente em serviço".

A exposição enviada a Luís Botelho aponta ainda que o responsável pelos serviços administrativos informou Maria Adelaida Silva, na manhã do dia 15 de fevereiro, de que "esta não deveria ir para o sótão sozinha", mas que "a mesma ignorou as orientações emanadas".

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