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Artigo exclusivo

Namoradas homicidas guardaram cabeça, mãos e pés de amigo em carros durante cinco dias

MP acusa Mariana Fonseca e Maria Malveiro de terem planeado a morte de Diogo Gonçalves para ficarem com 70 mil euros.

26 de setembro de 2020 às 01:30

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Diogo Gonçalves, a vítima
Diogo Gonçalves, a vítima Direitos Reservados
Diogo Gonçalves
Diogo Gonçalves Direitos Reservados
Maria Malveiro, de 19 anos, e Mariana Fonseca, de 23 anos
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Segundo a acusação do Ministério Público, a que o CM teve acesso, Mariana, de 23 anos, e Maria, de 19, “delinearam um plano” para matarem Diogo depois de saberem que o jovem, de 21 anos, “tinha recebido uma indemnização de 70 mil euros pelo atropelamento da mãe”. Aproveitando-se de que o jovem tinha uma paixão por ela, Maria combinou um encontro com Diogo na casa deste, em Algoz, no dia 20 de março. Levou sedativos, abraçadeiras de plástico, uma faca, sacos de plástico, fita adesiva e luvas. Mariana ficou no carro. Maria colocou os sedativos num sumo de laranja que Diogo bebeu e seduziu-o a sentar-se numa cadeira, onde o amarrou com abraçadeiras. Diogo não adormeceu e Maria tentou asfixiá-lo, já com Mariana dentro de casa. Após duas tentativas, o jovem morreu. Cortaram-lhe os dedos indicador e polegar da mão direita com uma faca e levaram o corpo para a casa onde viviam, em Lagos. Pelo caminho fizeram levantamentos de dinheiro com o cartão de Diogo e foram dormir.

No dia 21 efetuaram transferências bancárias usando os dedos cortados para aceder ao telemóvel da vítima. Durante a noite esquartejaram o corpo na garagem. No dia 22 atiraram o tronco do corpo ao mar, em Sagres, e regressaram a casa com as restantes partes no carro. Só cinco dias depois da morte é que se desfizeram da cabeça, antebraços, mãos e pés no Pego do Inferno, em Tavira.

Corpo transportado em sacos dentro Do carro da vítima

O corpo desmembrado foi colocado em sacos de plástico do lixo. Uma parte do corpo foi levada no carro da vítima para Sagres e lançada do cimo de uma arriba. A cabeça, antebraços, mãos e pés de Diogo foram deixados na vegetação no Pego do Inferno (Tavira).

Usam dedos para transferir dinheiro

Segundo o Ministério Público, as jovens usaram os dedos cortados na mão direita da vítima para ter acesso ao telemóvel e para fazer transferências bancárias através da aplicação MB Way, instalada nesse equipamento móvel e associada ao cartão telefónico.

PORMENORES

Mensagens após crime

Pelo menos entre os dias 20 a 23 de março, as arguidas usaram a conta de Diogo no Facebook para mandar mensagens. O objetivo era passar a ideia de que o jovem estava vivo.

Contacto com colega

"Consegues fazer os dois dias e depois logo te compenso?" foi uma das mensagens enviadas a um colega de trabalho de Diogo.

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