Dois outros jovens que tinham sido acusados ficam em liberdade. Todos os portugueses são naturais de Braga.
'Não há perícias que indiciem violação', diz advogado dos portugueses acusados de violação em Espanha
A justiça espanhola decretou esta segunda-feira duas ordens de "prisão provisória" para dois dos quatro detidos portugueses pela alegada agressão sexual em Gijón (norte de Espanha), deliberando ainda libertar cautelarmente os outros dois homens.
Fonte do Tribunal Superior de Justiça das Astúrias disse à agência Lusa que a juiza responsável pelo caso emitiu duas ordens de "prisão provisória, comunicadas e sem fiança para dois dos detidos" que foram levados esta segunda-feira à justiça para interrogatório.
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Para os outros dois detidos, "foi emitida uma ordem de libertação provisória" com uma medida cautelar que restringe e proíbe qualquer comunicação com as duas mulheres que apresentaram queixa.
Segundo a mesma fonte, o processo foi aberto por alegadas "agressões e abusos sexuais", sem prejuízo da possibilidade de estas acusações "poderem ser alteradas durante o decurso da investigação".
Os dois portugueses que ficaram em "prisão provisória" e que estão a ser investigados como autores principais da alegada agressão sexual vão ser transferidas ainda hoje para o Centro Penitenciário das Astúrias.
O tribunal de instrução número cinco de Gijón acabou por concordar com a solicitação do Ministério Público que esta tarde tinha pedido a prisão de dois dos detidos e a libertação dos outros dois.
A prisão provisória foi solicitada devido à natureza e gravidade dos crimes que lhes são atribuídos: uma agressão sexual com penetração. E, considerando que existe o risco de fuga, o procurador pediu a prisão para os dois presumíveis autores materiais dos atos violentos.
"Não há indícios médicos que indiquem a violação"O advogado dos portugueses acusados de violar duas jovens em Gijón, German Ramon Inclan, tinha pedido esta segunda-feira a libertação dos clientes depois de afirmar que "não há indícios médicos que indiquem a violação".
O advogado disse aos jornalistas que os portugueses são da zona de Braga e que não têm antecedentes criminais.
Momento em que um dos portugueses suspeitos de agressão sexual em Espanha sai do tribunal
German Ramon garantiu que as relações sexuais foram consentidas e refere que há provas. Segundo o mesmo, foi entregue à juíza um vídeo gravado durante os acontecimentos que, alegadamente, comprova a inocência dos portugueses. Outra das provas é o relatório médico.
As duas mulheres contaram "um filme" às autoridades e "não estão a dizer a verdade", garante o advogado. "Estamos perante rapazes que conhecem as raparigas e em 5 minutos propõem um 'ménage'", acrescenta.
O advogado critica a posição dos políticos em Espanha "por julgarem em praça pública" antes que seja conhecida uma sentença do tribunal.
"Há uma denúncia que foi feita à polícia e não estou a dizer que atuou mal. Estou a dizer que as pessoas com cargos públicos não devem julgar em praça pública e muito menos incitar a população nem contra nem a favor", afirmou o advogado.
O resumo do casoDuas jovens mulheres, uma delas de Gijón e uma outra da cidade de Bergara, apresentaram queixa na polícia no sábado, alegando terem sido agredidas sexualmente pelos portugueses nessa madrugada.
Os quatro portugueses foram detidos formalmente após o tribunal de instrução criminal de Gijón ter deliberado no domingo prolongar a detenção enquanto se aguardava a disponibilização de toda a documentação relativa ao caso de abuso sexual, nomeadamente relatórios clínicos e indicação das lesões sofridas.
Os portugueses, todos com menos de 30 anos de idade, defenderam a sua inocência no domingo perante o magistrado, negaram os atos criminosos de que são acusados e asseguraram que as relações sexuais com as duas jovens mulheres foram consentidas.
As duas mulheres, uma delas de Gijón e uma outra da cidade de Bergara, denunciaram a agressão sexual na esquadra policial às 06h30 de sábado, explicando que tinham conhecido um homem num bar e que viajaram com ele para a pensão onde este estava hospedado, para um encontro sexual.
Segundo o relato das vítimas, no caminho para a pensão juntou-se um outro homem e, ao chegarem à sala, encontraram dois outros portugueses que as obrigaram a manter relações sexuais com todos eles.
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