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Naufrágio: Mortes eram dificilmente evitáveis

O SNTAP e a ASPPM estiveram reunidos na manhã de segunda-feira.

12 de outubro de 2015 às 16:03

A morte de cinco pescadores no naufrágio do arrastão Olívia Ribau, ocorrido na terça-feira à entrada do porto da Figueira da Foz, seria dificilmente evitável devido ao crónico desinvestimento no salvamento costeiro, afirmaram esta segunda-feira estruturas sindicais.

Em comunicado conjunto enviado à agência Lusa, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP) e a Associação Sócio Profissional da Polícia Marítima (ASPPM) afirmam que um país como Portugal, "com aproximadamente 1.800 km de costa, não pode assegurar uma rápida assistência marítima sem dispor de Estações de Salvamento Costeiro devidamente guarnecidas, equipadas, treinadas e em prontidão imediata".

O SNTAP e a ASPPM estiveram reunidos na manhã de segunda-feira "a refletir sobre as possíveis razões que levaram a uma prestação tardia do socorro aos tripulantes" da embarcação Olívia Ribau "naufragada a poucos metros da costa da Figueira da Foz" e apontam a "acentuada redução do pessoal" do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) que guarnece as 26 Estações Salva-Vidas existentes na costa portuguesa.

"Contam apenas com um efetivo de cerca 60 elementos, dos 130 que prevê o quadro atual, e com média etária acima dos 45 anos", alertam.

Dizem que existe uma "profunda negligência" da tutela do Sistema Nacional de Busca e Salvamento Marítimo "que tem relegado o investimento em pessoal capacitado, empurrando o socorro a náufragos para os piquetes da Polícia Marítima, a nível nacional".

"O altruísmo não chega para salvar pessoas", argumentam, notando ainda que nas regiões autónomas da Madeira e Açores as Estações Salva-vidas "são praticamente inexistentes, não obstante a comunidade local viver, maioritariamente, da atividade marítima".

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