Rosário Teixeira garante, em despacho, que há mais indícios.
Rosário Teixeira diz que há novas provas contra José Sócrates. No pedido de ‘habeas corpus’ enviado para o Supremo Tribunal de Justiça – e ontem rejeitado – o magistrado diz mesmo que há um reforço de indícios contra o ex-primeiro- -ministro. Mas acrescenta que neste momento a prova já consolidada diminui a possibilidade de José Sócrates perturbar o inquérito e reduz igualmente o perigo de fuga.
Para o procurador, a vigilância eletrónica era fundamental para acautelar que José Sócrates não saía do País. O controlo efetivo da prisão domiciliária também era determinante, já que Rosário Teixeira queria que José Sócrates ficasse proibido de falar com todos os arguidos do processo.
Também Hélder Bataglia, Luís Horta e Costa e Rui Horta e Costa – administradores de Vale do Lobo – fazem parte da lista de pessoas com quem José Sócrates não pode contactar. Além de outros administradores ou colaboradores do grupo Lena e/ou com ligações ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve.
O jurista do Porto que avançou na semana passada com o ‘habeas corpus’ alegava que a manutenção da prisão de Sócrates era ilegal. Dizia que o juiz Carlos Alexandre tinha aplicado uma medida de coação mais gravosa do que a que foi inicialmente proposta pelo Ministério Público.
Os juízes conselheiros negaram-no. Entendem que a posição do procurador é coerente. A promoção do MP neste processo, sobre a qual o juiz Carlos Alexandre se pronunciou, é o pedido de manutenção da prisão preventiva.
Para os juízes do Supremo, a proposta de prisão domiciliária só poderia acontecer se Sócrates aceitasse a vigilância. O que não aconteceu.
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