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Burla a padre rende 500 mil euros a advogada

Lesados reclamam mais de 1,7 milhões de euros. Padre de Guimarães está na lista.

11 de setembro de 2018 às 01:30

Uma advogada de Barcelos começa amanhã a ser julgada, no Tribunal de Braga, acusada de se ter apropriado de quase 200 mil euros de um empresário, fazendo-o acreditar que os valores serviam para a prestação de serviços jurídicos. É o regresso de Ema Magalhães dos Santos ao banco dos réus, ela que até tem a correr no Tribunal de Famalicão um processo de insolvência, com mais de 1,7 milhões de euros em créditos reclamados. Um padre de uma paróquia de Guimarães está na lista: quer reaver mais de meio milhão.

Recorde-se que Ema Magalhães dos Santos está, desde outubro, suspensa pela Ordem dos Advogados, depois de ter sido julgada por burlar uma artesã de Barcelos em mais de 250 mil euros. Nesse processo, pagou o valor exigido por Conceição Sapateiro e conseguiu assim evitar a condenação. Pelo meio, terá, então, lesado um empresário do ramo da hotelaria, de Barcelos, num valor a rondar um milhão e um padre de Guimarães em mais de 500 mil euros.

Já no caso que amanhã começa a ser julgado em Braga, Ema dos Santos levou a cabo um esquema entre 2010 e 2012. Segundo o Ministério Público (MP), "forjou declarações" em processos "existentes e inexistentes", com "o propósito de obter do cliente a entrega de quantias em dinheiro".

A advogada chegou até a ficar com dinheiro que lhe foi entregue para pagar uma dívida às Finanças. Responde por burla qualificada, abuso de confiança e falsificação de documentos.

PORMENORES

Suspensão

Em outubro do ano passado, após diversas queixas, a Ordem dos Advogados decidiu aplicar a Ema Magalhães do Santos uma punição de três anos de suspensão. Não pode exercer.

Reclama 1 milhão

Um empresário do ramo da hotelaria, de Barcelos, reclama um milhão de euros no processo de insolvência da causídica. Seria intermediária num negócio que lesou o empresário.

Entregou 50 mil

A acusação do MP de Braga diz que Ema dos Santos convenceu o cliente de que existia "sério risco de este ficar sem o seu património" para o levar a entregar, de uma só vez, 50 mil euros.

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