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Piloto apanha 14 anos por rapto milionário

Português cabecilha do sequestro da sogra de Ecclestone, magnata da Fórmula 1.

07 de janeiro de 2019 às 01:30

Jorge Faria, o piloto português de helicópteros da elite da Fórmula 1, foi condenado a 14 anos e quatro meses de cadeia por, entendeu a Justiça brasileira, ter sido, no verão de 2016, o mandante do rapto da sogra de Bernie Ecclestone, o magnata do desporto automóvel. Exigia um resgate de 124 milhões dos 2,6 mil milhões de euros do património do inglês.

O crime ocorreu em São Paulo. Aparecida Schunk, de 70 anos, mãe de Fabiana Flosi, de 41 (47 anos mais jovem do que o marido Bernie Ecclestone, de 88), foi raptada em casa. Jorge Faria, conhecido por ‘Comandante Faria’ tinha uma relação de amizade com a vítima, e os tribunais condenaram-no por ter sido o cabecilha dos seis operacionais do rapto.

Em entrevista na cadeia ao jornal inglês ‘Mirror’, o português de 55 anos afirma estar a preparar o recurso e alega que o rapto foi ideia da mulher de Ecclestone, o que esta nega à mesma publicação.

"Ele está a fazer o possível para ser ser libertado ou para o transferirem de cadeia. Estou 100% confiante no trabalho da polícia e tenho a certeza que ela foi raptada e a minha mulher nada tem a ver com isso", disse Bernie Ecclestone. O homem que fez fortuna na Fórmula 1 contou que a sogra "ainda acorda de noite com pesadelos e sofre de depressão".

Jorge Faria era muito conhecido no jet set de São Paulo, para onde emigrou há 30 anos após ter cumprido o serviço militar em Portugal. Em 2014 foi indiciado por furto de um helicóptero e, acossado pela Polícia Civil, regressou a Portugal com a mulher, brasileira, e os dois filhos. 

Instalou-se em Lisboa.

PORMENORES 

Decapitação

Os raptores ameaçaram decapitar a mulher caso o resgate não fosse pago. Chegaram a enviar a Ecclestone o vídeo de uma mulher a ser decapitada. Foram todos presos e condenados.

Férias no Brasil

Jorge Faria estava no Brasil na altura do rapto porque se encontrava de férias com os filhos. O mais velho não se tinha adaptado a Portugal. A mulher e a sogra de Ecclestone eram suas amigas e clientes.

Estádio da Luz

Em Portugal, o piloto de helicópteros vivia da pastelaria Nanda Brigadeiros, Parque das Nações, e dos carrinhos tuk tuk, os quais usava para vender brigadeiros em locais como o Estádio da Luz.

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