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PJ diz estar a investigar ataque à Vodafone para apurar autores do crime

Diretor da unidade de combate ao cibercrime da PJ disse que as autoridades estão comprometidas com agentes internacionais.

08 de fevereiro de 2022 às 19:49

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta terça-feira que na sequência do ataque informático que afetou a operadora de comunicações Vodafone "iniciou desde logo uma investigação criminal" para apuramento da autoria do crime e seus efeitos colaterais.

Em comunicado, a PJ adiantou que, "em estreita articulação com a operadora de telecomunicações, está a "envidar esforços na recolha de indícios e indicadores de compromisso que permitam avaliar e conhecer a origem, a extensão e motivação do ato criminoso".

Segundo a PJ, subsistem algumas dificuldades da operadora na prestação dos seus serviços, havendo alguns constrangimentos tanto no setor público como no privado.

"Da informação disponível, estas dificuldades estão unicamente relacionadas com esta situação concreta da operadora de telecomunicações e não com outros alvos ou ataques informáticos", esclareceu a PJ.

De acordo com a PJ, a "dimensão global do ciberespaço tem potenciado o aumento deste tipo de ataques que, em regra, assumem uma dimensão internacional".

Carlos Cabreiro, diretor da unidade de combate ao cibercrime da Polícia Judiciária, disse em conferência de imprensa que as autoridades estão comprometidas com agentes internacionais para perceber o que esteve na origem do ataque. 

"Este tipo de criminalidade obriga a que haja uma articulação entre a componente técnica e a obtenção de registos", acrescentou.

A investigação pretende perceber a motivação do ataque, recolher provas e repor informação das empresas que são vitimas, assim como apurar se os dados pessoais foram expostos ao exterior das instituições.

"Neste tipo de crime quando falamos de prova estamos a falar de registos, elementos técnicos de grande especialidade e podem ser demorosos", disse Carlos Cabreiro, que garantiu haver uma dependência sobre a tecnologia. 

"Estamos a falar, exclusivamente, de um crime informático de que foi vitima uma operadora de comunicações em Portugal. Podem haver consequências para clientes dessa operadora caso tenha existido acesso a dados desses clientes", esclareceu Carlos Cabreira. 

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