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Polícia Judiciária investiga possibilidade de sabotagem na linha férrea do Oeste

Comboio esteve prestes a descarrilar após desconhecidos terem mexido nos aparelhos de mudança de via. Maquinista travou composição a tempo.

31 de outubro de 2025 às 01:30

A Infraestruturas de Portugal (IP) considera que o ato de vandalismo ocorrido no passado fim de semana nos aparelhos de mudança de via na estação de comboios de São Martinho do Porto, na Linha do Oeste, é um caso “sem precedentes na infraestrutura ferroviária nacional” e espera que os autores sejam “rapidamente identificados e responsabilizados”, uma vez que podiam ter colocado a segurança de pessoas e equipamentos em risco.

Na madrugada do passado domingo desconhecidos, que aparentaram ter conhecimentos de como funciona o sistema de exploração ferroviária, vandalizaram os cadeados de dois aparelhos de mudança de via, equipamentos localizados em cada extremo da estação que permitem que os comboios mudem de uma linha para outra de forma segura, funcionando através de lâminas móveis (agulhas) que guiam as rodas do comboio para uma nova direção.

Neste caso, as agulhas foram mexidas de maneira a desviar o comboio para uma linha lateral, que apesar de estar operacional, não é utilizada.

A situação terá sido detetada a tempo pelo maquinista do primeiro comboio que ali passou, que frenou a composição e evitou o descarrilamento. A IP revelou ao Correio da Manhã que solicitou de imediato a presença das autoridades, tendo sido registada a ocorrência no local pela GNR e depois pela PJ, que procura apurar se por detrás deste ato houve intenção de sabotagem.

Concluída a inspeção pelas entidades competentes, foram realizadas as intervenções necessárias para a reparação e reposição integral dos elementos de segurança instalados nos aparelhos de mudança de via danificados, relatou a IP.

“Trata-se de uma situação isolada e que não coloca em causa as condições de exploração nem a segurança dos utilizadores da Linha do Oeste”, manifestou a empresa pública responsável pela gestão das infraestruturas ferroviárias do País.

Segundo indicou, “a título preventivo, está a ser reforçado o sistema de segurança existente e foi implementada uma limitação temporária de velocidade na circulação dos comboios nas estações” situadas entre Caldas da Rainha e Louriçal.

A IP revelou estar a colaborar com as autoridades na investigação deste ato, que classifica de “condenável”.

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