O Centro Internacional de Vacinação (CIV) não consegue responder à procura registada nos últimos dias para a administração da vacina contra a febre amarela. Ontem – que funciona diariamente nos dias úteis das 9h00 às 12h00 – mais de cem pessoas tentaram obter a vacina, levando a que à hora de abertura do centro a capacidade tivesse ficado logo esgotada.
“Habitualmente temos duas enfermeiras em permanência, cada uma com capacidade para vacinar trinta pessoas. Ontem, uma delas esteve de férias pelo que houve necessidade de, por excepção, efectuar a vacinação durante a tarde”, disse ao CM a coordenadora do CIV.
O entupimento dos serviços gerou protestos por parte das muitas pessoas que ficaram sem a vacina durante a manhã. Entre elas, um grupo de caçadores que parte a 7 de Abril para a Guiné-Bissau. “Isto é incrível, chegámos aqui às 09h45 e foi-nos dito que já não poderíamos ser vacinados contra a febre amarela. Acontece que esta profilaxia deve ser administrada dez dias antes de partir para a zona endémica, pelo que já não sabemos o que havemos de fazer”, disse um dos caçadores, Pedro Gonçalves.
Também António Mendonça explicou que por três vezes tentou obter a vacina em Lisboa. “Das anteriores vezes que aqui vim fui informado de que as vacinas estavam esgotadas, agora a capacidade de atendimento esgotou.”
“Protestei lá dentro e pedi para apresentar uma queixa no livro de reclamações. Qual não é o meu espanto quando me trazem o livro e uma folha solta, porque também estava cheio. Meu Deus aqui está tudo esgotado”, desabafa o utente.
Um casal com férias marcadas na Amazónia (Brasil) teve mais sorte. Contudo, ao CM, não pouparam críticas ao modo como funcionam os serviços. “Hoje, porque já sabíamos que havia muitas pessoas para tomarem a vacina, chegámos aqui pelas 08h30. Conseguimos ser vacinados, mas para solucionar o problema das vacinas foram necessárias quatro deslocações”, disse Teresa Jorge.
O marido, Mário Silva, precisou que primeiro foram à consulta do viajante, depois deslocaram-se ao Instituto de Medicina Tropical, onde foram informados de que a vacina da febre amarela é administrada no CIV. Na próxima semana deslocam-se, novamente, ao Instituto de Medicina Tropical para serem vacinados contra o paludismo.
No CIV, o CM foi informado de que no período que antecede as férias da Páscoa há sempre uma maior procura da vacina da febre amarela por pessoas que se deslocam ao Brasil e para países africanos de língua oficial portuguesa. Estados estes localizados nas zonas endémicas da doença que entre 1990 e 1998 vitimou cerca de 16 mil pessoas.
O facto de a vacina ter estado esgotada durante cerca de 15 dias levou a um acumular de pessoas nesta semana. O ‘stock’ foi, entretanto, reposto com seis mil doses capazes de assegurar a procura por seis meses.
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