Casos suspeitos foram alegadamente "praticados por empresas subconcessionadas de outras que foram contratadas para operar na JMJ".
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima detetou quatro casos de possível tráfico de seres humanos entre os 30 pedidos de ajuda que recebeu durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorreu na primeira semana de agosto, em Lisboa.
De acordo com a informação disponível no relatório da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) sobre o protocolo de colaboração com a Fundação Jornada Mundial da Juventude, a associação recebeu 30 pedidos de ajuda relacionados com a JMJ.
Entre os 30 pedidos de ajuda, a APAV identificou quatro casos suspeitos de tráfico de pessoas e que, alegadamente, foram "praticados por empresas subconcessionadas de outras que foram contratadas para operar na JMJ".
"Essa situação, recebida já após o fim da JMJ, foi imediatamente comunicada à Polícia Judiciária para investigação", refere a APAV.
Os 30 pedidos de ajuda chegaram tanto através da Linha de Apoio à Vítima, que naqueles dias funcionou durante 24 horas, como através da equipa da APAV que estava no terreno.
"Durante o horário de extensão da Linha de Apoio à Vítima, foram registados 45 atendimentos", seis dos quais diziam respeito a situações em contexto da JMJ e as restantes 39 relativas a outras situações, lê-se no relatório.
Por outro lado, a equipa da APAV na JMJ recebeu mais 31 pedidos de ajuda, "dos quais 24 diziam respeito a situações ocorridas em contexto da JMJ".
"Em suma, a APAV apoiou 30 situações em que os pedidos de ajuda estavam relacionados com a Jornada Mundial da Juventude", refere a associação de apoio à vítima.
Em 12 destas situações (40%) não havia qualquer situação de crime, havendo, por outro lado, cinco situações de burla (16,7%), quatro situações de furto (13,3%), três casos de importunação sexual (10%) e duas situações de coação/assédio (6,7%), além dos outros quatro casos de possível tráfico de pessoas.
De acordo com a APAV, entre os 30 pedidos de ajuda, cinco diziam respeito a cidadãos portugueses, enquanto 11 eram de cidadãos oriundos de outros países europeus, dois de países africanos, seis da América do Sul, três da Ásia, havendo ainda três casos em que não foi possível apurar a nacionalidade da pessoa.
A associação acrescenta que, para responder aos 30 pedidos de ajuda, foram feitos mais de 50 atendimentos presenciais, telefónicos ou por escrito com as pessoas apoiadas ou com outras entidades de relevo.
Refere também que as Equipas Móveis de Apoio à Vítima de Santarém e de Setúbal não receberam nenhuma queixa.
A APAV diz ainda que "é expectável que ainda possam surgir mais pedidos de apoio num futuro próximo, na medida em que nem sempre as vítimas se sentem confortáveis para pedir ajuda ou sequer tomar qualquer tipo de medida imediatamente após terem sofrido uma situação de crime ou de violência".
Por esse motivo, "os canais comunicacionais criados no âmbito deste protocolo mantêm-se abertos e disponíveis para receber mais pedidos de apoio".
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